sábado, 4 de novembro de 2017

O terrorismo na Europa

Nos dias que correm, um dos temas mais abordados em noticiários, jornais e, até mesmo, nas redes sociais é o terrorismo. Este tema tem sido alvo de várias notícias, sejam elas relacionadas com problemas de terrorismo na Síria ou ataques terroristas nas grandes cidades europeias.
Neste relatório, o tema será mais direcionado para o terrorismo nas cidades europeias. De forma, a combater este problema e a tornar a Europa um lugar cada vez mais seguro, o Conselho da União Europeia criou, em 2005, uma estratégia antiterrorista. Esta estratégia estabelece quatro pilares fundamentais, sendo estes: prevenir, proteger, perseguir e responder. Deste modo, a única forma de colocar esta estratégia em prática é através da colaboração com instituições internacionais e com outros países.
Segundo o Conselho Europeu, o pilar prevenir implica “combater as causas da radicalização e do recrutamento de terroristas” e constitui a primeira prioridade para a UE. Após os ataques terroristas em Paris (janeiro de 2015), foram debatidas as medidas a ser tomadas pelos dirigentes da UE. Estas novas medidas tinham como objetivo a “proteção dos cidadãos europeus”, a proteção dos valores europeus, a prevenção contra a radicalização e a “cooperação com parceiros internacionais”. O pilar proteger é a segunda prioridade do Conselho Europeu, que consiste na “proteção dos cidadãos e das infraestruturas e na redução a vulnerabilidade a atentados”. O terceiro pilar tem como objetivo limitar a capacidade de planeamento e organização dos terroristas. Por último, o pilar responder baseia-se na capacidade de preparação e minimização das consequências causadas por um ataque terroristas.
Um dos grandes problemas associados ao terrorismo é o seu financiamento. A União Europeia tem, também, um programa de luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. O financiamento de terroristas tem vindo a tornar-se mais fácil ao longo dos anos, devido à inovação tecnológica e ao aparecimento de novos instrumentos financeiros. Por exemplo, os cartões pré-pagos podem constituir um grande benefício para a população, mas, por outro lado, podem ser uma forma fácil de financiar terroristas. Ao longo dos anos, o Conselho da UE tem vindo a realizar alterações relativas à prevenção do sistema financeiro, uma vez que este pode funcionar como meio de financiamento de terroristas. As propostas feitas são, por exemplo, o reforço dos poderes das unidades nacionais de informação financeira, isto é, permitir que certas unidades tenham acesso às contas bancárias que pertencem a uma dada pessoa, bem como à sua identidade; resolução dos problemas relacionados com os instrumentos pré-pagos; reforço das medidas relativas aos países de risco elevado, isto é, a países que apresentam problemas relacionados com o branqueamento de capitais, e o reforço da transparência das empresas.
Segundo o “Global terrorism índex 2015”, do Institute for Economiscs and Peace, a maioria das mortes causadas pelo terrorismo não ocorrem nos países ocidentais. Excluindo o ataque de 11 de setembro, apenas 0,5% das mortes por terrorismo ocorreram no Ocidente, desde 2000. Incluindo o 11 de setembro, a percentagem atinge os 2,6%. Desde 2006, 70% das mortes em países ocidentais foram causadas por terroristas que atuavam sozinhos. Os restantes 30% foram causadas por grupos de terroristas. Apesar de nos últimos anos, ouvirmos falar de terrorismo causado pelo estado islâmico, esta não é a principal causa de terrorismo nos países ocidentais. A maioria dos indivíduos que atuam sozinhos (80%) são impulsionados pelo extremismo da direita, nacionalismo, sentimento anti-governo e extremismo político.
De forma a concluir, deixo aqui um aparte acerca do terrorismo a nível mundial. Segundo o “Global terrorism índex 2015”, em 2014, o Iraque e a Nigéria registarem 53% do total de mortes causadas por terrorismo.


Ana Carolina da Silva Ferreira

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

Sem comentários: