Desemprego, é uma palavra que nos últimos tempos tem assustado e assombrado muita gente. Actualmente deparamo-nos com inúmeras notícias sobre o aumento do número de desempregados em Portugal. As estatísticas são assustadoras e não se vêm tendências para melhoria.
O desemprego é um dos maiores problemas macroeconómicas com a qual a população se debate, pois afecta de uma forma directa a sua vida. Em termos de nação, é igualmente muito assustador, uma vez que este gera um efeito “bola de neve”, uma vez que o desemprego reduz o poder de compra, o que proporciona a redução da procura, que por sua vez reduz a produção, colocando várias empresas em situações bastante complicadas, e atrás destes advém sem dúvida outros problemas.
Os últimos dados apresentados apontam para uma taxa de desemprego que se fixa nos 11,2%, taxa registada em Janeiro, o que faz com que Portugal se mantenha assim no ‘top 5' dos países europeus com mais desempregados, sendo um fenómeno que afecta mais o universo feminino que o masculino. O número de desempregados que se inscrevem nos centros de emprego por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho após frequentarem acções de formação profissional mais do que duplicou, revelou o Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP).
Este elevado número de desempregos, é sem dúvida consequência da crise que perdura essencialmente desde o ano de 2008, mas também poderá ter a ver com as regalias concedidas pelo governo português na situação de desemprego.
Apesar disto, talvez seja importante referir que Portugal era então (era porque as coisas tiveram de se alterar para fazer face às contas públicas), um dos países em que se viver dependente de subsídios era um privilégio. Ora tal situação não pode ser vista como muito benéfica, uma vez que poderá desencorajar as pessoas a procurem novos empregos, possivelmente em áreas diferentes daquelas em que se encontravam, uma vez que em muitos casos estas se vêem confrontadas com ofertas em que o rendimento que recebem por estar desempregadas é quase tanto como o ordenado que podem vir a auferir.
É lógico que estes casos não são regra, existem muitos desempregos em situações bastante difíceis, nomeadamente na situação em que se vêm já velhas de mais para arranjarem um novo emprego, e por outro lado, novas para se reformarem. É uma situação bastante delicada, e neste âmbito caberia aos nossos governantes pensarem mais arduamente nestes casos.
No entanto, para fazer face à situação que o nosso país atravessa, as coisas tiveram de ser alteradas, o que fez com que cerca de 12 mil portugueses perdessem o acesso ao subsídio de desemprego no ano passado, porque faltaram às convocatórias do centro de emprego, não cumpriram o dever de apresentação quinzenal ou recusaram uma proposta de emprego ou de formação profissional. Tal como relata Valter Lemos, secretário de Estado do Emprego, «O subsídio é pago com os dinheiros da segurança social e serve para as pessoas que não têm oportunidade de ter emprego e não para as que não querem trabalhar».
Tal situação fez com que o número de inscritos nos centros de emprego aumentasse consideravelmente.
Outro caso que tem alarmado muito a nossa população, nomeadamente aos jovens, é o elevado número dos desempregados jovens. Segundo o Eurostat, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos atingiu no mês de Fevereiro, uma taxa de 21%, acima dos 20,6% da média dos 27 da União Europeia. Este fenómeno, desencadeado pela crise económica, deverá continuar a agravar-se ao longo deste ano e ameaça mesmo criar uma "geração perdida", que se sente desencorajada e acaba por tornar-se excluída e subsídiodependente. São relatos realmente assustadores, e que preocupam muitos jovens estudantes com uma licenciatura quase terminada.
No meu entender, para fazer face a estas alarmantes estimativas, torna-se necessário aprofundar cada vez mais os nossos conhecimentos, e não pensar exactamente o contrário, ou seja, desanimar e deixar de investir na formação académica. Talvez quando tivermos na situação em que concluímos o curso académico e não se perspectivam ofertas de trabalho na área para o qual investimos, em vez de perder tempo num emprego desqualificado onde não se adquire experiência nem conhecimento, e ambas as coisas podem fazer a diferença quando, num concurso, se está competir com outros diplomados, a aposta será prosseguir os estudos e tirar provavelmente um mestrado, o que poderá levar a abertura de novas portas.
Em jeito de conclusão, este é um fenómeno que muito se poderia discutir, uma vez que está no assunto do dia e que afecta cada vez mais pessoas por todo o país, a todos cabe-nos aguardar por melhores perspectivas, e confiar (se é se pode falar assim) nas medidas tomadas pelos nossos governantes.
O desemprego é um dos maiores problemas macroeconómicas com a qual a população se debate, pois afecta de uma forma directa a sua vida. Em termos de nação, é igualmente muito assustador, uma vez que este gera um efeito “bola de neve”, uma vez que o desemprego reduz o poder de compra, o que proporciona a redução da procura, que por sua vez reduz a produção, colocando várias empresas em situações bastante complicadas, e atrás destes advém sem dúvida outros problemas.
Os últimos dados apresentados apontam para uma taxa de desemprego que se fixa nos 11,2%, taxa registada em Janeiro, o que faz com que Portugal se mantenha assim no ‘top 5' dos países europeus com mais desempregados, sendo um fenómeno que afecta mais o universo feminino que o masculino. O número de desempregados que se inscrevem nos centros de emprego por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho após frequentarem acções de formação profissional mais do que duplicou, revelou o Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP).
Este elevado número de desempregos, é sem dúvida consequência da crise que perdura essencialmente desde o ano de 2008, mas também poderá ter a ver com as regalias concedidas pelo governo português na situação de desemprego.
Apesar disto, talvez seja importante referir que Portugal era então (era porque as coisas tiveram de se alterar para fazer face às contas públicas), um dos países em que se viver dependente de subsídios era um privilégio. Ora tal situação não pode ser vista como muito benéfica, uma vez que poderá desencorajar as pessoas a procurem novos empregos, possivelmente em áreas diferentes daquelas em que se encontravam, uma vez que em muitos casos estas se vêem confrontadas com ofertas em que o rendimento que recebem por estar desempregadas é quase tanto como o ordenado que podem vir a auferir.
É lógico que estes casos não são regra, existem muitos desempregos em situações bastante difíceis, nomeadamente na situação em que se vêm já velhas de mais para arranjarem um novo emprego, e por outro lado, novas para se reformarem. É uma situação bastante delicada, e neste âmbito caberia aos nossos governantes pensarem mais arduamente nestes casos.
No entanto, para fazer face à situação que o nosso país atravessa, as coisas tiveram de ser alteradas, o que fez com que cerca de 12 mil portugueses perdessem o acesso ao subsídio de desemprego no ano passado, porque faltaram às convocatórias do centro de emprego, não cumpriram o dever de apresentação quinzenal ou recusaram uma proposta de emprego ou de formação profissional. Tal como relata Valter Lemos, secretário de Estado do Emprego, «O subsídio é pago com os dinheiros da segurança social e serve para as pessoas que não têm oportunidade de ter emprego e não para as que não querem trabalhar».
Tal situação fez com que o número de inscritos nos centros de emprego aumentasse consideravelmente.
Outro caso que tem alarmado muito a nossa população, nomeadamente aos jovens, é o elevado número dos desempregados jovens. Segundo o Eurostat, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos atingiu no mês de Fevereiro, uma taxa de 21%, acima dos 20,6% da média dos 27 da União Europeia. Este fenómeno, desencadeado pela crise económica, deverá continuar a agravar-se ao longo deste ano e ameaça mesmo criar uma "geração perdida", que se sente desencorajada e acaba por tornar-se excluída e subsídiodependente. São relatos realmente assustadores, e que preocupam muitos jovens estudantes com uma licenciatura quase terminada.
No meu entender, para fazer face a estas alarmantes estimativas, torna-se necessário aprofundar cada vez mais os nossos conhecimentos, e não pensar exactamente o contrário, ou seja, desanimar e deixar de investir na formação académica. Talvez quando tivermos na situação em que concluímos o curso académico e não se perspectivam ofertas de trabalho na área para o qual investimos, em vez de perder tempo num emprego desqualificado onde não se adquire experiência nem conhecimento, e ambas as coisas podem fazer a diferença quando, num concurso, se está competir com outros diplomados, a aposta será prosseguir os estudos e tirar provavelmente um mestrado, o que poderá levar a abertura de novas portas.
Em jeito de conclusão, este é um fenómeno que muito se poderia discutir, uma vez que está no assunto do dia e que afecta cada vez mais pessoas por todo o país, a todos cabe-nos aguardar por melhores perspectivas, e confiar (se é se pode falar assim) nas medidas tomadas pelos nossos governantes.
Marisa Rodrigues
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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