Quando em 1999 se deu a entrada em circulação do Euro, não se podia prever que 12 anos depois a Europa teria como pano de fundo uma crise monétaria e financeira, tão grande que leva-se a que os economistas se mostram divididos em relação ao futuro do euro. Uns dizem que o euro vai acabar para Grécia, Portugal e Irlanda, outros afirmam que a moeda única não está ameaçada.
Em Novembro do ano passado, a Irlanda cedeu às pressões externas e recorreu aos fundos europeus de emergência, e imediatamente as atenções voltaram-se para Portugal. A enorme dependência financeira externa do pais, está a fazer com que Portugal enfrente os custos elevados desses financiamentos, e o cenário futuro não é nada promissor: o BCE aumentou os juros, e prevê-se que até o final de 2011 os juros chegam a 1,75%. A situação para os portugueses em 2011 é preocupante, ter-se-á que lidar com o aumento do IVA de 21% para 23%, desemprego em níveis históricos, 11,2%, subida dos combustíveis, que pode vir a agravar com a instabilidade no norte de África, redução do salário para os funcionários públicos. E para uma situação que já está complicada, foi anunciado um 4º Plano de Estabilidade e Crescimento, (PEC) que vem com o propósito de reduzir o défice de 2011 em 0.8%, mas também para reduzir o défice de 2012 e 2013, cortando os custos da despesa em 2,4% e aumentando da receita em 1,3%. Portugal está a todo custo a tentar evitar uma entrada do FMI no pais.
Grécia e a Irlanda debatem-se com uma economia de austeridade e sem crescimento económico. No dia 12 de Março os líderes da UE acordaram em reforçar o seu fundo de apoio para os países em dificuldade. O principal objectivo é facilitar as condições de resgate da Grécia, na esperança de tranquilizar os mercados internacionais sobre a “saúde” da união monetária. Contudo eles se recusaram a fazer o mesmo gesto para a Irlanda, isso porque ela se opõe a aumentar os impostos sobre as empresas, algo que foi solicitado por vários países, já que à muito a Irlanda vem praticando um imposto bem reduzido às suas empresas, quando comparado com o resto da união. Todas as medidas anunciadas no dia 12 vêm com o objectivo de tranquilizar o mercado financeiro, que está bastante apreensivo depois do péssimo ano que 2010 foi para a zona euro. A dúvida que reina nesses mercados, e que deve também preocupar a União é se a Grécia algum dia vai reembolsar as suas dívidas e se Portugal ou a Espanha não serão os próximos a pedir ajuda internacional.
No entanto a meu ver, seria uma ingenuidade esperar que uma crise gerida por uma elite conservadora, conduzisse magicamente a uma Europa mais unida e mais justa. Desde do fim da fase aguda da crise financeira mundial, que a Europa tem apostado em políticas de contenção orçamental. Porem está preocupação em demasia com a redução da dívida pública implicou um crescimento baixo dos países, o que pode levar à que a longo prazo os países tenham maiores dificuldades em pagar suas dívidas. E embora se tenha anunciado o reforço da união politica, prevalece ainda o pensamento nacional, ou seja como um bom português dirá, cada um a puxar a brasa para sua sardinha. E enquanto não se sai desta encruzilhada de como se deve resgatar a economia dos países da união a beira do precipício, o Euro fica a deriva, correndo o risco de se afundar cada vez mais, junto com as decisões e indecisões da união.
Eva Marina Dos Santos Fortes
Em Novembro do ano passado, a Irlanda cedeu às pressões externas e recorreu aos fundos europeus de emergência, e imediatamente as atenções voltaram-se para Portugal. A enorme dependência financeira externa do pais, está a fazer com que Portugal enfrente os custos elevados desses financiamentos, e o cenário futuro não é nada promissor: o BCE aumentou os juros, e prevê-se que até o final de 2011 os juros chegam a 1,75%. A situação para os portugueses em 2011 é preocupante, ter-se-á que lidar com o aumento do IVA de 21% para 23%, desemprego em níveis históricos, 11,2%, subida dos combustíveis, que pode vir a agravar com a instabilidade no norte de África, redução do salário para os funcionários públicos. E para uma situação que já está complicada, foi anunciado um 4º Plano de Estabilidade e Crescimento, (PEC) que vem com o propósito de reduzir o défice de 2011 em 0.8%, mas também para reduzir o défice de 2012 e 2013, cortando os custos da despesa em 2,4% e aumentando da receita em 1,3%. Portugal está a todo custo a tentar evitar uma entrada do FMI no pais.
Grécia e a Irlanda debatem-se com uma economia de austeridade e sem crescimento económico. No dia 12 de Março os líderes da UE acordaram em reforçar o seu fundo de apoio para os países em dificuldade. O principal objectivo é facilitar as condições de resgate da Grécia, na esperança de tranquilizar os mercados internacionais sobre a “saúde” da união monetária. Contudo eles se recusaram a fazer o mesmo gesto para a Irlanda, isso porque ela se opõe a aumentar os impostos sobre as empresas, algo que foi solicitado por vários países, já que à muito a Irlanda vem praticando um imposto bem reduzido às suas empresas, quando comparado com o resto da união. Todas as medidas anunciadas no dia 12 vêm com o objectivo de tranquilizar o mercado financeiro, que está bastante apreensivo depois do péssimo ano que 2010 foi para a zona euro. A dúvida que reina nesses mercados, e que deve também preocupar a União é se a Grécia algum dia vai reembolsar as suas dívidas e se Portugal ou a Espanha não serão os próximos a pedir ajuda internacional.
No entanto a meu ver, seria uma ingenuidade esperar que uma crise gerida por uma elite conservadora, conduzisse magicamente a uma Europa mais unida e mais justa. Desde do fim da fase aguda da crise financeira mundial, que a Europa tem apostado em políticas de contenção orçamental. Porem está preocupação em demasia com a redução da dívida pública implicou um crescimento baixo dos países, o que pode levar à que a longo prazo os países tenham maiores dificuldades em pagar suas dívidas. E embora se tenha anunciado o reforço da união politica, prevalece ainda o pensamento nacional, ou seja como um bom português dirá, cada um a puxar a brasa para sua sardinha. E enquanto não se sai desta encruzilhada de como se deve resgatar a economia dos países da união a beira do precipício, o Euro fica a deriva, correndo o risco de se afundar cada vez mais, junto com as decisões e indecisões da união.
Eva Marina Dos Santos Fortes
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
1 comentário:
Cara Eva,
O texto até é interessante mas os erros ortográficos e a falta de pontuação estragam tudo.
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