O Fundo Monetário Internacional, FMI, é uma organização internacional que tem como objectivo ou finalidade, assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pela avaliação das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência financeira. O FMI é então, uma organização internacional que trabalha para que haja cooperação monetária global, estabilidade financeira, um mais fácil comércio internacional, a promoção de altos níveis de emprego, desenvolvimento económico sustentável e claro, reduzir a pobreza.
Foi criado após a 2ª Guerra Mundial e começou apenas com 45 países, a sua sede é em Washington, DC, Estados Unidos e conta actualmente com mais de 187 nações, fazendo parte deste, Portugal desde 1961.
Como é de conhecimento geral, Portugal chegou a uma fase gravíssima o que obrigou ao pedido de ajuda de resgate financeiro ao FMI.
Depois de avaliada a situação do país, conclui-se que era realmente necessário actuar, com a finalidade de melhorar a situação de hoje para que o amanhã não seja ainda pior.
As medidas do FMI impostas ao Governo Português são semelhantes às aplicadas na Grécia e Irlanda, e visam reduzir o défice para 5,9% em 2011, 4,5% em 2012 e 3% em 2013.
Com isto existirão melhorias que obrigatoriamente criarão grandes desvantagens para todos os portugueses.
Relativamente aos impostos, o IRS, IMI, IVA e as taxas moderadoras de saúde vão aumentar.
Quanto aos salários vão ser efectuados cortes nas pensões acima dos 1500 euros e a duração do subsídio de desemprego será apenas de 18 meses, etc.
Este fundo vem para ajudar a situação actual do país mas a longo prazo surgirão situações desvantajosas para todos nós.
Como a carga fiscal vai ter que aumentar todos os portugueses vão pagar mais impostos. Isto gera uma menor receita para cada um e assim virá a perda do poder de compra individual.
A duração do subsídio de desemprego diminuirá o que será algo problemático para aqueles que não conseguirem arranjar emprego nesse espaço de tempo.
Os cortes nas pensões têm que ser feitos e as famílias vão ter que se ajustar a estes.
Estas consequências levam a que a entrada desta ajuda em Portugal seja defendida por uns e odiada por outros.
Na verdade, neste momento ela é indispensável porque o país se encontra numa situação de bancarrota.
A 1ª “tranche” já foi entregue a Portugal e a 2ª vem em Junho. Com isto as mudanças no país vão começar a surgir rapidamente e todos nós teremos que nos ajustar devido a todas as medidas impostas a esta ajuda.
A situação não vai melhorar já e os tempos que nos seguem serão piores.
O nosso poder de compra vai diminuir, os salários vão descer, as reformas e pensões vão ser cortadas, a poupança que cada um de nós deve fazer vai encurtar, o número de empregados vai reduzir, etc.
Teremos de ser cautelosos, coerentes e tentar não perder o optimismo para não deixarmos de ter vontade de trabalhar num país que ao longo dos anos foi mal governado e nos colocou nesta situação.
Não podemos simplesmente ficar à espera que isto melhore porque o país sem nós, os jovens, nada é.
O futuro de hoje somos nós e, assim sendo, devemos estar atentos aos problemas que nos rodeiam e trabalhar para isto mudar o mais rápido possível.
Mariana Machado
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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