Portugal sempre foi conhecido por
apresentar níveis de dependência energética, relativamente ao exterior,
bastante elevados. Tal se deve ao facto de ser um país com escassos recursos
energéticos próprios, uma vez que não possui poços de petróleo, minas de carvão
ou depósitos de gás. Porém, no que respeita às fontes de energia renováveis, o
nosso país tem um grande potencial no que respeita a reduzir a sua dependência
energética externa e, ainda, a melhorar a sua situação ao nível ambiental
através da diminuição da emissão de gases com efeito estufa (previsto no
protocolo de Quioto). Com isto, sentiu-se, então, a necessidade de aumentar o
uso relativo a energias renováveis tornando o nosso país mais “limpo” e
autossustentável.
Portugal tem vindo a lutar cada vez
mais contra a dependência energética. Prova disso foi o registo nos últimos
cinco dias de Março deste ano, em que a energia produzida em termos renováveis
nesse período, para além de ter garantido a autossustentabilidade do país, mais
especificamente, através das energias eólica e hidráulica, resultou, ainda, num
incremento das exportações de energia. No período que foi indicado, o nosso
país gerou eletricidade de norte a sul, incluindo nas horas de maior procura
(entre as 8 horas e as 10 horas da manhã e entre as 19 horas e as 21 horas da
tarde). Constatou-se, ainda, que o recurso às centrais de gás natural foi nulo
e, no caso das centrais térmicas de carvão, o uso foi residual, de acordo com
os dados da REN (Redes Energéticas Nacionais). Em termos numéricos, de 104,7
gigawatts relativos ao consumo ao longo do dia, verificou-se um gasto de 3,7 GW
em centrais de carvão.
Portugal apresenta uma rede
hidrográfica relativamente densa, uma elevada exposição solar e dispõe de uma
vasta frente marítima. Estas condições permitem o recurso às energias
alternativas em detrimento dos combustíveis fósseis, desincentivando as
importações de recursos não renováveis e privilegiando a exploração e o recurso
a energias renováveis e até a sua exportação.
Eugénia Maria Freitas da
Costa
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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