Todos sofremos com as medidas de austeridade que têm vindo a ser levadas a cabo em Portugal e por essa Europa fora, uns directamente e outros indirectamente, contudo já todos notaram que os bolsos estão bem mais leves. Resta agora perceber o porquê deste caminho e se é este a melhor alternativa que os nossos políticos têm para nos oferecer.
Em boa verdade vemos que o défice público Português disparou de 2007 para 2008, muito devido à crise global, passando de -2.7 (milhões de euros) para -10.2 (milhões de euros), o que só por si indicava que alguma coisa estava mal e que a população em geral iria ser flagelada com aumento de impostos.
A juntar a este problema, deparamo-nos também com a grave crise da dívida pública Portuguesa, que era demasiado elevada, passando os 100% do PIB ( 2007-2008). Agora, ao abrirmos a distribuição da despesa pública facilmente nos apercebemos que em Portugal não se gasta assim tanto quanto era esperado, comparativamente a outros países bem mais equilibrados, a nível do Estado, pelo menos. Então o porquê desta enorme discrepância?
É certo e sabido que esta austeridade tem sido infrutífera, e inconsequente, onde apenas resultados muito ténues e frágeis vão aparecendo muito de vez em quando, o que comprova que não será este o caminho a seguir pelos nossos políticos e pelos nossos parceiros europeus. De facto, alguma coisa está muito mal, mas será no nível da produção e do desenvolvimento, já que ao nível da despesa estamos muito parecidos com economias muito mais sólidas? Por sua vez, essas economias, optaram por investir ao revés de cortar como uns loucos na sua despesa, o que no longo prazo trouxe grandes benefícios e uma segurança económica que Portugal nunca teve.
Portanto, em suma, podemos concluir que além de um problema crónico, Portugal tem um problema no que toca à criação de riqueza, e por isso depressa nos inteiramos que a austeridade não será o método mais desejável para resolver esta tão demorada crise.
Portanto, em suma, podemos concluir que além de um problema crónico, Portugal tem um problema no que toca à criação de riqueza, e por isso depressa nos inteiramos que a austeridade não será o método mais desejável para resolver esta tão demorada crise.
António Peixoto
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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