domingo, 3 de novembro de 2013

Indústria Têxtil: na Europa, em Portugal e em Casa

      A indústria têxtil e do vestuário é caracterizada pela sua diversidade e heterogeneidade, dado que abrange um vasto número de empresas, desde a transformação de fibras em fios e tecidos até à produção de uma ampla variedade de produtos. Este sector, que nos últimos anos tem sofrido sérias mudanças, representa um papel crucial na economia e no bem-estar social de inúmeros países da União Europeia.
Segundo um relatório preparado para a Comissão Europeia – Empresas e Indústria, os principais fatores que levaram a estas alterações no sector têxtil, entre 2000 e 2010, foram os mercados industriais e de consumo, a globalização, o conhecimento e a mudança, a política e a regulação, e a crise financeira. Em 2010, o volume de negócios era de 172 biliões de euros, tendo sido empregues cerca de 1.9 milhões de pessoas em mais de 127000 empresas. No entanto, de 2000 a 2010, o volume de negócios diminuiu 25%, o emprego sofreu uma queda de 50% e o número de empresas caiu 27%.
A crise que despoletou em 2008 só veio acelerar o declínio. Prevê-se que em 2020 a indústria será ainda menor que a de 2010, devido ao crescimento limitado ou estagnação do mercado europeu e ao aumento das importações. A compra de tecidos a países fora da Europa, nomeadamente à China, que produz a um baixo custo, tem um impacto negativo neste sector a nível europeu. Contudo, existirá também um grande potencial em termos de inovação e expansão das exportações, o que implicará que algumas regiões da Europa tenham condições para aumentar o número de empresas e o volume de negócios.
Em Portugal, a indústria do têxtil e do vestuário representa 9% das exportações totais, 20% do emprego da indústria transformadora e 8% do volume de negócios e da produção da indústria transformadora. Braga e Porto são duas sub-regiões que acolhem cerca de 81% do número total de empresas. 
Segundo os últimos dados da ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal), 2012 registou os valores mais baixos desde 1999. A produção diminuiu de 8.316 milhões de euros em 1999 para 4.905 milhões de euros em 2012. Entre 2008 e 2009, a produção sofreu uma queda mais significativa de cerca de 1 milhão de euros. O volume de negócios baixou de 8.521 milhões de euros para 5.774 milhões e o número de pessoas empregue no sector desceu de 260277 para 138000. Estes valores são a prova que o sector têxtil tem ultrapassado uma fase delicada.
As principais fraquezas apontadas à indústria têxtil portuguesa são a produtividade deficitária, o nível educacional insuficiente, as muitas empresas com reduzida dimensão, baixa capitalização e baixa terciarização. Por outro lado, tem como principais vantagens a sua tradição, o equipamento e progresso tecnológico, e o facto de ser um sector completo, estruturado e dinâmico.
Os principais desafios para esta indústria são resistir ao embate da liberalização do comércio internacional, à crise económico-financeira global, desenvolver novas competências que possam reforçar a área produtiva, continuar a apostar fortemente na inovação, investigação e desenvolvimento, incentivar a internacionalização das empresas, a qualificação dos recursos humanos e estimular o crescimento das empresas.
Conhecendo a realidade do ramo têxtil mais de perto, uma vez que o meu pai é empresário na área desde 1989, estou em concordância quando os últimos cinco anos são apontados como os piores anos desta indústria. As razões predominantes são o pouco trabalho e o mau pagamento. Contudo, tendo bons clientes é possível superar este período de crise. Desde o início de 2013, o meu pai tem sentido algumas melhorias, sendo boas as perspetivas para o futuro. 

Sara Gabriela Barbosa Viana

Fontes:
http://ec.europa.eu/enterprise/sectors/textiles/documents/saxion_task7_synthesis_en.pdf

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

1 comentário:

frar disse...

Um Manifesto:


O Direito à Monoparentalidade em sociedades T. M.

Já há vários anos [apesar de ser alvo de censura... e apesar de ser 'ridicularizado'...] que venho divulgando uma importante mensagem... que vai provocar UMA MUDANÇA ESTRUTURAL HISTÓRICA DA SOCIEDADE... uma autêntica revolução na sociedade:
- o Direito à Monoparentalidade em sociedades Tradicionalmente Monogâmicas.
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Resumindo o assunto:
--> Já tenho dito isto muitas vezes:
i) tal como acontece com muitos outros animais mamíferos, duma maneira geral, as fêmeas humanas são 'particularmente sensíveis' para com os machos mais fortes...
ii) nas Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas apenas os machos mais fortes é que possuem filhos;
iii) no entanto, para conseguirem sobreviver, muitas sociedades tiveram necessidade de mobilizar/motivar os machos mais fracos no sentido de eles se interessarem pela preservação da sua Identidade... de facto, analisando o Tabú-Sexo (nas Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas) chegamos à conclusão de que o verdadeiro objectivo do Tabú-Sexo era proceder à integração social dos machos sexualmente mais fracos; ver o blog «Origem do Tabu Sexo» (http://tabusexo.blogspot.com/).
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P.S.1.
É errado estar a dizer (como já alguém disse) «a Europa precisa de crianças, não de homossexuais!»... isto é, ou seja... a Europa precisa de pessoas (homossexuais e heterossexuais) com disponibilidade para criar crianças!!!
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É UMA MUDANÇA ESTRUTURAL HISTÓRICA DA SOCIEDADE: os homens poderão vir a ter filhos... sem repressão dos Direitos das mulheres... leia-se: O ACESSO A 'BARRIGAS DE ALUGUER'...
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Nota: Embora a monoparentalidade possa trazer alguns problemas… será sempre uma MENSAGEM DE GRANDE IMPACTO SOCIALIZADOR que se pode dirigir às crianças/jovens: «o Direito à monoparentalidade permitirá a muitos de vós ter acesso a um Direito - o de ter filhos -… Direito esse ao qual muitos de vós… dificilmente teria acesso, caso não existisse o Direito à monoparentalidade».
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P.S.2.
Com o declínio do Tabú-Sexo (como seria de esperar) a percentagem de machos sem filhos aumentou imenso nas sociedades tradicionalmente monogâmicas.
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Mais, por um lado, muitas mulheres vão à procura de machos de maior competência sexual, nomeadamente, machos oriundos de sociedades tradicionalmente Poligâmicas [nestas sociedades apenas os machos mais fortes é que possuem filhos, logo, seleccionam e apuram a qualidade dos machos]... por outro lado, muitos machos das sociedades tradicionalmente Monogâmicas vão à procura de fêmeas Economicamente Fragilizadas [mais 'dóceis'] oriundas de outras sociedades...
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P.S.3.
Anda por aí muita conversa abandalhada: pessoal que não se preocupa com a construção duma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher)... critica a repressão dos Direitos das mulheres… todavia, em simultâneo, para cúmulo, defende que... se deve aproveitar a 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países [nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos]… para resolver o deficit demográfico na Europa!?!?!


F.R.A.R.