sexta-feira, 10 de outubro de 2008

“Portugal é um dos países menos competitivos na zona euro”

O último relatório do World Economic Fórum (WEF) revelou que Portugal ocupa a quadragésima terceira posição a nível mundial, e entre os 27 países da União Europeia fica no 17º posto. Encontrando-se à frente da Itália e da Grécia, mas atrás do Chipre. Numa lista de 134 países os EUA continua a liderar desde 1994, enquanto a Suiça surge em 2ºlugar, seguida da Dinamarca, Suécia e Singapura.
As “Leis laborais restritivas” e a “excessiva burocracia dos serviços estatais” são os factores que mais contribuem para reduzir a capacidade competitiva do nosso país, sustenta o relatório do WEF.
Os “rankings” foram elaborados com base em dados de domínio público e na recolha de opiniões em cada um dos 134 países.
O BCE revela que Portugal tem “uma desvantagem tecnológica relativa, um enquadramento institucional menos favorável, o que é ponderado por uma desfavorável capacidade de acesso aos mercados”. Portugal é o país que demonstra menos capacidade para competir no mercado internacional em termos de produção e preço.
Para potenciar a competitividade exterior das empresas europeias, o BCE propõe a execução de reformas no sentido de tornar o mercado único europeu mais integrado e flexível assim como mais investimento em inovação e formação dos recursos humanos.
O Governo lançou o SIMPLEX (plano de simplificação administrativa) que continua a melhorar o clima empresarial, e afirma ter gasto milhões com as PME e melhorado a justiça, no entanto nada disto se reflectiu, até agora, no crescimento potencial da economia. O crescimento potencial mantém-se nos 1,5%, o que é demasiado baixo para melhorar substancialmente e rapidamente os padrões de vida, como também considerando a velocidade à qual outras economias estão a mover-se.
Segundo o Banco de Portugal, o défice externo português deverá atingir os 10,6% do PIB este ano e os 11,1% em 2009, o valor mais elevado desde 1982. este é o reflexo de uma deteorização da competitividade nacional e do aumento dos juros pagos ao exterior pelo endividamento externo crescente.
Embora haja esforços da parte do Governo para atenuar esta situação, como o SIMPLEX, o plano tecnológico, o novo código de Trabalho as melhorias verificadas não são significativas. Segundo o meu ponto de vista a resposta a este problema terá de partir do sector privado, com incentivos do Estado. Há que assentar a nossa recuperação nas exportações e tornar o país mais competitivo, como as exportações não estão em boa situação temos de recorrer a políticas públicas.
É necessário seguir “estratégias e políticas adequadas”, as empresas deviam investir mais, deveríamos ter uma classe empresarial com mentalidade de risco, mais aberta e preparada para criar riqueza no país.
O “problema central” é fazer de Portugal um país competitivo.


Isa Andreia Oliveira Martins
isa_m.88@hotmail.com

(artigo de opinião)

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