O processo de contágio da crise financeira global continua a alastrar. Desde as dificuldades financeiras dos países, à falência de bancos nos EUA e Europa, existem poucos agentes a resistir ao colapso financeiro.
As economias que apresentam maiores défices da balança corrente e de capital, forçadas a recorrer a financiamento estrangeiro para suportar sua actividade económica doméstica, são aquelas que estão sob uma ameaça eminente de recessão. Nesta situação, o maior problema da economia do país, não se lida com a maior dificuldade de acesso ao crédito por parte das famílias e empresas, mas sim na retirada dos investidores de activos e destinos mais arriscados, o que faz estagnar o investimento, um dos indicadores mais importantes do crescimento económico. O aviso surgiu de onde menos se esperava (o que o tornou ainda mais preocupante). A Islândia (outros tempos conotada como uma economia segura e sofisticada) viu o seu sistema financeiro sofrer um retrocesso bastante acentuado, pondo em alerta todas as outras economias. Para além do país nórdico, outros países como a Ucrânia e a Hungria seguem o mesmo caminho, com o primeiro a elevar o seu défice da balança corrente para os 15 mil milhões de dólares, depois do empréstimo de 14 mil milhões por parte do FMI. No mesmo sentido, o país de Leste já recebeu 5 mil milhões de euros do BCE para ajudar a descongelar o mercado obrigacionista local.
A um nível microeconómico, os agentes começam a ficar sem ar para respirar. Quer os cidadãos sem dinheiro para pagar o crédito da casa, quer as pequenas e médias empresas que vêm o seu fundo de investimento ausentar-se, e a possibilidade de negócio desaparecer.
Segundo resultados divulgados por parte da “Organização Internacional do Trabalho”, o abrandamento do crescimento económico, e consequente evolução da crise económica vai atirar mais 20 milhões de cidadãos para o desemprego, perfazendo um total de 210 milhões de desempregados em todo o mundo. A mesma organização aponta ainda, que o actual colapso económico movesse no sentido de acentuar a diferença entre ricos e pobres.
O petróleo e as taxas de juro ajudam neste momento a aliviar pressão, com a desvalorização para mais de 50% do petróleo desde o máximo histórico em Julho. Esta descida aparece como um alívio nas pressões inflacionistas sentidas nos últimos meses, dando maior espaço de manobra aos bancos centrais para baixar as taxas de juro.
Deste modo, a questão que fica é de como será o futuro, “Qual será o limite desta crise financeira?”
Bruno Sousa
bsousa11@gmail.com
As economias que apresentam maiores défices da balança corrente e de capital, forçadas a recorrer a financiamento estrangeiro para suportar sua actividade económica doméstica, são aquelas que estão sob uma ameaça eminente de recessão. Nesta situação, o maior problema da economia do país, não se lida com a maior dificuldade de acesso ao crédito por parte das famílias e empresas, mas sim na retirada dos investidores de activos e destinos mais arriscados, o que faz estagnar o investimento, um dos indicadores mais importantes do crescimento económico. O aviso surgiu de onde menos se esperava (o que o tornou ainda mais preocupante). A Islândia (outros tempos conotada como uma economia segura e sofisticada) viu o seu sistema financeiro sofrer um retrocesso bastante acentuado, pondo em alerta todas as outras economias. Para além do país nórdico, outros países como a Ucrânia e a Hungria seguem o mesmo caminho, com o primeiro a elevar o seu défice da balança corrente para os 15 mil milhões de dólares, depois do empréstimo de 14 mil milhões por parte do FMI. No mesmo sentido, o país de Leste já recebeu 5 mil milhões de euros do BCE para ajudar a descongelar o mercado obrigacionista local.
A um nível microeconómico, os agentes começam a ficar sem ar para respirar. Quer os cidadãos sem dinheiro para pagar o crédito da casa, quer as pequenas e médias empresas que vêm o seu fundo de investimento ausentar-se, e a possibilidade de negócio desaparecer.
Segundo resultados divulgados por parte da “Organização Internacional do Trabalho”, o abrandamento do crescimento económico, e consequente evolução da crise económica vai atirar mais 20 milhões de cidadãos para o desemprego, perfazendo um total de 210 milhões de desempregados em todo o mundo. A mesma organização aponta ainda, que o actual colapso económico movesse no sentido de acentuar a diferença entre ricos e pobres.
O petróleo e as taxas de juro ajudam neste momento a aliviar pressão, com a desvalorização para mais de 50% do petróleo desde o máximo histórico em Julho. Esta descida aparece como um alívio nas pressões inflacionistas sentidas nos últimos meses, dando maior espaço de manobra aos bancos centrais para baixar as taxas de juro.
Deste modo, a questão que fica é de como será o futuro, “Qual será o limite desta crise financeira?”
Bruno Sousa
bsousa11@gmail.com
(artigo de opinião)
Sem comentários:
Enviar um comentário