Desde o dia 11 de Julho de 2008, dia de máximo histórico do preço do petróleo, em que o barril atingiu valores superiores a 147 dólares, o preço do “ouro-negro” já mais teve um pico por excelência até aos dias de hoje, iniciando uma queda um tudo ou quanto aparatosa, principalmente nestas duas últimas semanas.
Em Nova Iorque o preço do barril já caiu nestas duas ultimas semanas mais de 24% e 50% desde o máximo histórico em 11 de Julho.
Em Londres, mercado que serve de referência a Portugal, o preço do brent já perdeu mais de 23% nas 2 semanas antecedentes e mais de 52% desde o máximo de sempre obtido também em Julho.
Esta queda abrupta da cotação do petróleo vem no seguimento de vários aspectos na economia mundial, entre eles podemos constatar 3 aspectos como sendo os principais:
As expectativas cada vez maiores de uma recessão económica mundial, que por consequente tem vindo a originar um abrandamento na procura de petróleo, principalmente pelo maior consumidor do mundo, os EUA, país que consome 24% do petróleo mundial, que durante estas ultimas duas semanas atingiu o nível mais baixo desde 1999 na procura de combustíveis.
O anúncio por parte do Departamento de Energia norte-americano de que as reservas petrolíferas estratégicas teriam aumentado de uma forma substancial mais que o esperado puxando os preços de petróleo ainda mais para baixo.
E aumento substancial de descobertas de jazidas petrolíferas por todo o globo, que com os preços praticados até algum tempo se tinham tornado comercialmente viáveis, como é o caso das novas jazidas ao largo da Bacia de Santos no Brasil.
Durante estas semanas esta descida ainda conseguiu ser apaziguada pela apresentação, por parte das principais economias do mundo, de planos contra a crise financeira actualmente instalada por todo o mundo, aspecto que o mercado receia não serem suficientes para travar a recessão económica, e consequente queda da procura de produtos petrolíferos. Estando já a OPEP, o cartel responsável por mais de 40% de todo o petróleo mundial a rever em baixa as suas estimativas para a procura desta matéria-prima para 2009 devido a “um agravamento dramático” das condições dos mercados financeiros, ou como o presidente da consultora Cameron Hanover afirmou, “A OPEP está obviamente em pânico”. Sendo, portanto, outro factor apaziguador da queda abrupta do petróleo durante esta ultima semana a marcação de uma reunião extraordinária por parte da OPEP para o dia 24 de Outubro com intuito de baixar a produção diária de barris de petróleo, diminuição esta que será de pelo menos um milhão de barris por dia com preços de petróleo inferiores a 70 dólares, segundo Rob Laughlin da MF Global.
Em observância com estes diversos factos poderemos perguntar qual será o rumo a tomar pelo preço do petróleo nestes próximos tempos.
Por um lado, temos a reunião extraordinária da OPEP com intuito de diminuir a produção de barris diários para assim o preço do preço do petróleo voltar a subir, acontecimento este que se vier registar terá que ser seguido com atenção devido estarmos à beira de uma recessão económica global.
Mas, por outro lado, temos os analistas mais pessimistas, que estimam que esta diminuição na produção poucos efeitos terá no actual preço do petróleo, graças não só há constante diminuição da procura de petróleo, acontecimento este que será agravado por essa suposta subida no preço do barril como também ao cepticismo por parte dos agentes económicos nos planos de combate à crise financeira até hoje apresentados, sentimento este que dará continuidade ao actual clima de instabilidade nas economias globais.
E, sendo assim, resta-nos aguardar a resposta que os mercados nos darão acerca de qual será o próximo rumo do “Ouro-Negro”.
Pedro Jorge Oliveira
pedj_oliveira@hotmail.com
Em Nova Iorque o preço do barril já caiu nestas duas ultimas semanas mais de 24% e 50% desde o máximo histórico em 11 de Julho.
Em Londres, mercado que serve de referência a Portugal, o preço do brent já perdeu mais de 23% nas 2 semanas antecedentes e mais de 52% desde o máximo de sempre obtido também em Julho.
Esta queda abrupta da cotação do petróleo vem no seguimento de vários aspectos na economia mundial, entre eles podemos constatar 3 aspectos como sendo os principais:
As expectativas cada vez maiores de uma recessão económica mundial, que por consequente tem vindo a originar um abrandamento na procura de petróleo, principalmente pelo maior consumidor do mundo, os EUA, país que consome 24% do petróleo mundial, que durante estas ultimas duas semanas atingiu o nível mais baixo desde 1999 na procura de combustíveis.
O anúncio por parte do Departamento de Energia norte-americano de que as reservas petrolíferas estratégicas teriam aumentado de uma forma substancial mais que o esperado puxando os preços de petróleo ainda mais para baixo.
E aumento substancial de descobertas de jazidas petrolíferas por todo o globo, que com os preços praticados até algum tempo se tinham tornado comercialmente viáveis, como é o caso das novas jazidas ao largo da Bacia de Santos no Brasil.
Durante estas semanas esta descida ainda conseguiu ser apaziguada pela apresentação, por parte das principais economias do mundo, de planos contra a crise financeira actualmente instalada por todo o mundo, aspecto que o mercado receia não serem suficientes para travar a recessão económica, e consequente queda da procura de produtos petrolíferos. Estando já a OPEP, o cartel responsável por mais de 40% de todo o petróleo mundial a rever em baixa as suas estimativas para a procura desta matéria-prima para 2009 devido a “um agravamento dramático” das condições dos mercados financeiros, ou como o presidente da consultora Cameron Hanover afirmou, “A OPEP está obviamente em pânico”. Sendo, portanto, outro factor apaziguador da queda abrupta do petróleo durante esta ultima semana a marcação de uma reunião extraordinária por parte da OPEP para o dia 24 de Outubro com intuito de baixar a produção diária de barris de petróleo, diminuição esta que será de pelo menos um milhão de barris por dia com preços de petróleo inferiores a 70 dólares, segundo Rob Laughlin da MF Global.
Em observância com estes diversos factos poderemos perguntar qual será o rumo a tomar pelo preço do petróleo nestes próximos tempos.
Por um lado, temos a reunião extraordinária da OPEP com intuito de diminuir a produção de barris diários para assim o preço do preço do petróleo voltar a subir, acontecimento este que se vier registar terá que ser seguido com atenção devido estarmos à beira de uma recessão económica global.
Mas, por outro lado, temos os analistas mais pessimistas, que estimam que esta diminuição na produção poucos efeitos terá no actual preço do petróleo, graças não só há constante diminuição da procura de petróleo, acontecimento este que será agravado por essa suposta subida no preço do barril como também ao cepticismo por parte dos agentes económicos nos planos de combate à crise financeira até hoje apresentados, sentimento este que dará continuidade ao actual clima de instabilidade nas economias globais.
E, sendo assim, resta-nos aguardar a resposta que os mercados nos darão acerca de qual será o próximo rumo do “Ouro-Negro”.
Pedro Jorge Oliveira
pedj_oliveira@hotmail.com
(artigo de opinião)
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