A irregularidade existente no mercado do crude tem vindo a ser um problema que nos afecta á décadas.
Já está interiorizado para a maioria das pessoas que tem de se encontrar soluções dada a volatilidade do mercado e o poder existente dos detentores do crude, este poder prova que eles regulam de um modo conveniente.
Nestes últimos dias verificou-se uma queda do preço do petróleo derivado do aumento das reservas do crude e da crise financeira dos EUA. Como resposta a esta situação a OPEP afirmou que vai diminuir a produção de petróleo, o que mais uma vez levará a aumentos do preço do crude. Esta dependência do petróleo tem de ser controlada através da criação de alternativas que sejam mais amigas do ambiente e renováveis.
Uma das respostas a esta dependência tem sido os biocombustíveis, defendido e criticado por muitos. Diz-se ser uma resposta de curto prazo á dependência, mas o que se verificou é que derivado aos biocombustíveis o preço do milho e trigo disparou, registou valores que há muito não se verificavam, as reservas globais de cereais desceram para valores muito baixos.
Sabemos também que os agricultores respondem á procura de quem lhes oferecer melhores preços, têm plantado mais, mas isto não garante que possam dar resposta á crescente procura dos biocombustíveis. Mesmo que seja possível não se assegura que sejam nos melhores locais, podendo assim destruir áreas que deveriam ser protegidas.
A meu ver para o planeta é mais prejudicial o biocombustível que o petróleo. No ano passado foi publicado pelas Nações Unidas um relatório onde se estimava que 98% da floresta tropical da Indonésia estará abatida até 2022, à 6 anos atrás, a mesma fonte afirmava que tal não aconteceria antes de 2032. Mas antes, à 6 anos atrás, não se contava com a produção de óleo de palma que é destinado para o mercado europeu de biocombustíveis. Esta desflorestação aumentará num âmbito mundial e levará á extinção de algumas espécies.
Existem malefícios maiores quando se queimam as florestas, quer as árvores quer a turfa são transformados em dióxido de carbono. Uma consultora holandesa mostrou num dos seus relatórios que cada tonelada de óleo de palma origina a emissão de 33 toneladas de dióxido de carbono, significa que é dez vezes superior ao que o petróleo produz. O Biodisel de óleo de palma representa dez vezes mais alterações ambientais que o diesel tradicional.
Concluindo, são necessárias alternativas ao petróleo, alternativas estas que causem menos impactos ambientais e menos problemas financeiros, ou seja, que se resolva um problema sem se criar outro maior. É de acreditar e consolidar as esperanças nas energias renováveis (Eólica, Solar, Hidráulica, etc.), é necessário investimento focado nestas energias.
Liliana Soraia Ferreira Vieira
Já está interiorizado para a maioria das pessoas que tem de se encontrar soluções dada a volatilidade do mercado e o poder existente dos detentores do crude, este poder prova que eles regulam de um modo conveniente.
Nestes últimos dias verificou-se uma queda do preço do petróleo derivado do aumento das reservas do crude e da crise financeira dos EUA. Como resposta a esta situação a OPEP afirmou que vai diminuir a produção de petróleo, o que mais uma vez levará a aumentos do preço do crude. Esta dependência do petróleo tem de ser controlada através da criação de alternativas que sejam mais amigas do ambiente e renováveis.
Uma das respostas a esta dependência tem sido os biocombustíveis, defendido e criticado por muitos. Diz-se ser uma resposta de curto prazo á dependência, mas o que se verificou é que derivado aos biocombustíveis o preço do milho e trigo disparou, registou valores que há muito não se verificavam, as reservas globais de cereais desceram para valores muito baixos.
Sabemos também que os agricultores respondem á procura de quem lhes oferecer melhores preços, têm plantado mais, mas isto não garante que possam dar resposta á crescente procura dos biocombustíveis. Mesmo que seja possível não se assegura que sejam nos melhores locais, podendo assim destruir áreas que deveriam ser protegidas.
A meu ver para o planeta é mais prejudicial o biocombustível que o petróleo. No ano passado foi publicado pelas Nações Unidas um relatório onde se estimava que 98% da floresta tropical da Indonésia estará abatida até 2022, à 6 anos atrás, a mesma fonte afirmava que tal não aconteceria antes de 2032. Mas antes, à 6 anos atrás, não se contava com a produção de óleo de palma que é destinado para o mercado europeu de biocombustíveis. Esta desflorestação aumentará num âmbito mundial e levará á extinção de algumas espécies.
Existem malefícios maiores quando se queimam as florestas, quer as árvores quer a turfa são transformados em dióxido de carbono. Uma consultora holandesa mostrou num dos seus relatórios que cada tonelada de óleo de palma origina a emissão de 33 toneladas de dióxido de carbono, significa que é dez vezes superior ao que o petróleo produz. O Biodisel de óleo de palma representa dez vezes mais alterações ambientais que o diesel tradicional.
Concluindo, são necessárias alternativas ao petróleo, alternativas estas que causem menos impactos ambientais e menos problemas financeiros, ou seja, que se resolva um problema sem se criar outro maior. É de acreditar e consolidar as esperanças nas energias renováveis (Eólica, Solar, Hidráulica, etc.), é necessário investimento focado nestas energias.
Liliana Soraia Ferreira Vieira
(artigo de opinião)
1 comentário:
A questão então será... que biocombustíveis há sem esses 'senãos'? Devemos ter esta opinião para todos eles? E o muito usado etanol da cana de açúcar? Será então apenas uma questão de 'proporção'?
Pois de facto os resíduos sólidos urbanos queimados na LIPOR ou na ValorSul têm as suas vantagens, ou as centrais de biomassa de resídos florestais também limitam os nossos tão problemáticos incêndios.
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