Actualmente, o mundo não se define apenas pelo poder dos Estados Unidos, Europa ou Japão. China e Índia, mais do que potências emergentes são realidades.
Mapping the Global Future, um relatório do Nacional Intelligente Council, conclui: Da mesma forma que os comentadores referem o século XX como o “século Americano”, o século XXI poderá ser visto como a era em que a Ásia, liderada pela China e pela Índia, assumirá o lugar cimeiro”.
A explosiva expansão económica da China nos últimos 20 anos, nomeadamente, taxas de crescimento médio de cerca 10% ao ano criaram uma nova gama de oportunidades de emprego e investimento, tornando a China mais próspera.
A adesão da China à Organização Mundial do Comércio, em Dezembro de 2001, e a consequente liberalização do comércio, ajudou a incrementar a concorrência em todos os sectores da economia. A concorrência aumentará os ganhos de eficiência e produtividade que fortalecerão a longo prazo a economia chinesa e aumentarão a capacidade de competição das empresas chinesas com as melhores multinacionais em qualquer mercado.
A China já não é uma ameaça é um competidor quase imbatível. A penetração dos produtos chineses a baixo preço (dado que a mão-de-obra nesses países é significativamente mais barata) e razoável qualidade, provoca desemprego nos países que não aguentam a competição.
Com a entrada de emigrantes asiáticos em Portugal, e estando o nosso país numa fase de crise económica, os portugueses procuram produtos economicamente mais acessíveis.
Poderemos nós confiar na qualidade dos produtos asiáticos?
Ultimamente, os meios de comunicação social tem divulgado muitos casos de lojas chinesas que tem sido alvo de inspecções, por suspeita de estarem a vender produtos nocivos ao Homem. Muitas dessas lojas infractoras foram encerradas, mas no entanto não podemos esquecer que a China para entrar no mercado Europeu teve que aceitar as regras da OMC.
Será toda esta situação “saudável” para um país com graves problemas económicos? Temos de considerar vários pontos de vista. Antes de mais não podemos esquecer que também já fomos um país de emigrantes. Depois tendo em conta a situação em que nos encontramos precisamos de analisar quais as consequências deste “reforço do papel asiático em Portugal”: aumento das importações asiáticas que leva a uma crescente inserção desses bens no mercado, que como consequência indirecta da presença desses produtos no mercado português, o mercado interno, desprotegido, tornou-se mais concorrencial beneficiando os produtos asiáticos da vantagem em relação ao preço; aumento da população activa; várias empresas, essencialmente do sector têxtil deixaram de vender (ou reduziram o volume de vendas) e tiveram de encerrar ou reduzir trabalhadores, provocando o aumento do desemprego.
Que podemos fazer para enfrentar esta propagação asiática em Portugal?
O governo português e os empresários portugueses não previram os efeitos que a liberalização traria para Portugal, como é costume infelizmente o povo português deixa tudo para o fim e neste caso foi isso que aconteceu, só se pensou nas causas negativas uns meses antes de se concretizar a liberalização.
A produção em qualidade e a inovação tecnológica são a chave para um crescimento económico sustentado e não devem ser vistos como uma fonte de desemprego. Mas, para uma economia aumentar a qualidade das suas unidades produtivas, é necessária uma maior e melhor escolarização e uma maior exigência profissional, tornando possível uma crescente aposta na Investigação e Desenvolvimento (I & D), para inovarmos mais, investirmos mais e melhor com o objectivo de aumentar a produtividade global da nossa economia e permitir um melhor nível de vida. Esta é a melhor solução possível para "sobreviver" a esta "invasão asiática".
Mapping the Global Future, um relatório do Nacional Intelligente Council, conclui: Da mesma forma que os comentadores referem o século XX como o “século Americano”, o século XXI poderá ser visto como a era em que a Ásia, liderada pela China e pela Índia, assumirá o lugar cimeiro”.
A explosiva expansão económica da China nos últimos 20 anos, nomeadamente, taxas de crescimento médio de cerca 10% ao ano criaram uma nova gama de oportunidades de emprego e investimento, tornando a China mais próspera.
A adesão da China à Organização Mundial do Comércio, em Dezembro de 2001, e a consequente liberalização do comércio, ajudou a incrementar a concorrência em todos os sectores da economia. A concorrência aumentará os ganhos de eficiência e produtividade que fortalecerão a longo prazo a economia chinesa e aumentarão a capacidade de competição das empresas chinesas com as melhores multinacionais em qualquer mercado.
A China já não é uma ameaça é um competidor quase imbatível. A penetração dos produtos chineses a baixo preço (dado que a mão-de-obra nesses países é significativamente mais barata) e razoável qualidade, provoca desemprego nos países que não aguentam a competição.
Com a entrada de emigrantes asiáticos em Portugal, e estando o nosso país numa fase de crise económica, os portugueses procuram produtos economicamente mais acessíveis.
Poderemos nós confiar na qualidade dos produtos asiáticos?
Ultimamente, os meios de comunicação social tem divulgado muitos casos de lojas chinesas que tem sido alvo de inspecções, por suspeita de estarem a vender produtos nocivos ao Homem. Muitas dessas lojas infractoras foram encerradas, mas no entanto não podemos esquecer que a China para entrar no mercado Europeu teve que aceitar as regras da OMC.
Será toda esta situação “saudável” para um país com graves problemas económicos? Temos de considerar vários pontos de vista. Antes de mais não podemos esquecer que também já fomos um país de emigrantes. Depois tendo em conta a situação em que nos encontramos precisamos de analisar quais as consequências deste “reforço do papel asiático em Portugal”: aumento das importações asiáticas que leva a uma crescente inserção desses bens no mercado, que como consequência indirecta da presença desses produtos no mercado português, o mercado interno, desprotegido, tornou-se mais concorrencial beneficiando os produtos asiáticos da vantagem em relação ao preço; aumento da população activa; várias empresas, essencialmente do sector têxtil deixaram de vender (ou reduziram o volume de vendas) e tiveram de encerrar ou reduzir trabalhadores, provocando o aumento do desemprego.
Que podemos fazer para enfrentar esta propagação asiática em Portugal?
O governo português e os empresários portugueses não previram os efeitos que a liberalização traria para Portugal, como é costume infelizmente o povo português deixa tudo para o fim e neste caso foi isso que aconteceu, só se pensou nas causas negativas uns meses antes de se concretizar a liberalização.
A produção em qualidade e a inovação tecnológica são a chave para um crescimento económico sustentado e não devem ser vistos como uma fonte de desemprego. Mas, para uma economia aumentar a qualidade das suas unidades produtivas, é necessária uma maior e melhor escolarização e uma maior exigência profissional, tornando possível uma crescente aposta na Investigação e Desenvolvimento (I & D), para inovarmos mais, investirmos mais e melhor com o objectivo de aumentar a produtividade global da nossa economia e permitir um melhor nível de vida. Esta é a melhor solução possível para "sobreviver" a esta "invasão asiática".
Sílvia Tatiana de Sousa Pais
tatianapais88@hotmail.com
(artigo de opinião)
1 comentário:
Cara Sílvia Pais,
A adesão plena da China à OMC só se deu em Janeiro de 2005. Quando refere o ano de 2001, imagino que se esteja a reportar a uma fase precedente desse processo de adesão.
Cordiais cumprimentos,
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