Certo dia ia no metro e ouvi uma avó dizer: “Lê o jornal de hoje, que pouca vergonha, parece que estão a gozar connosco”. Curiosa, resolvi ler o jornal.
Uma das prioridades do governo para o ano de 2009 é a construção do TGV, porém agora já não são só as linhas de Lisboa-Madrid, Porto-Vigo e Lisboa-Porto. O novo governo passou a incluir também no projecto de alta velocidade ferroviária as linhas Aveiro-Salamanca e Évora-Faro-Huelva, aumentando o investimento para os 15 mil milhões de euros.
O TGV é um sistema ferroviário para países ricos e com uma dimensão territorial relativamente considerável. Para Portugal o TGV é uma forma de fuga à crise através do investimento e uma ligação à Europa.
Não construir o TGV poria, a longo prazo, em desvantagem Portugal em relação aos restantes países da União Europeia em termos económicos, e também se tornaria menos atractivo ao investimento nacional e estrangeiro e à criação de emprego.
Ficando de fora do “Mercado Único”, actividades geradoras de emprego como é o caso dos serviços, investigação científica e sobretudo o turismo ficariam seriamente comprometidas. Existe também o problema cada vez mais visível da saturação das estradas devido à falta de alternativas viáveis para a circulação de mercadorias. Se o TGV apresentar menores custos para as transportadoras implica uma maior competitividade no estrangeiro do produto português.
É urgente tomar uma decisão, pois a Espanha já alterou a sua rede para a bitola europeia, não pudemos ficar isolados.
Nós, cidadãos comuns até pudemos pensar que não temos dinheiro para um projecto tão grande ou que não irá ser rentável porque até conseguimos viajar em low coast ou porque existem famílias a passar fome e o governo com ideias de mudar de comboio.
Porém, se pensarmos que esta construção vai gerar centenas de novos postos de trabalho, possibilitar a expansão dos nossos produtos na Europa, fomentar o turismo entre outras vantagens, podermos acreditar que os nossos filhos e netos, apesar de continuarem a pagar por este investimento, serão mais felizes, viverão num país menos poluído, mais competitivo e menos parado no tempo, talvez a nossa opinião seja diferente, mais futurista e menos afonsina, apertar o cinto nunca fez mal a ninguém e se é para que amanhã estejamos melhor, então sim ao TGV.
Joana Araújo
Uma das prioridades do governo para o ano de 2009 é a construção do TGV, porém agora já não são só as linhas de Lisboa-Madrid, Porto-Vigo e Lisboa-Porto. O novo governo passou a incluir também no projecto de alta velocidade ferroviária as linhas Aveiro-Salamanca e Évora-Faro-Huelva, aumentando o investimento para os 15 mil milhões de euros.
O TGV é um sistema ferroviário para países ricos e com uma dimensão territorial relativamente considerável. Para Portugal o TGV é uma forma de fuga à crise através do investimento e uma ligação à Europa.
Não construir o TGV poria, a longo prazo, em desvantagem Portugal em relação aos restantes países da União Europeia em termos económicos, e também se tornaria menos atractivo ao investimento nacional e estrangeiro e à criação de emprego.
Ficando de fora do “Mercado Único”, actividades geradoras de emprego como é o caso dos serviços, investigação científica e sobretudo o turismo ficariam seriamente comprometidas. Existe também o problema cada vez mais visível da saturação das estradas devido à falta de alternativas viáveis para a circulação de mercadorias. Se o TGV apresentar menores custos para as transportadoras implica uma maior competitividade no estrangeiro do produto português.
É urgente tomar uma decisão, pois a Espanha já alterou a sua rede para a bitola europeia, não pudemos ficar isolados.
Nós, cidadãos comuns até pudemos pensar que não temos dinheiro para um projecto tão grande ou que não irá ser rentável porque até conseguimos viajar em low coast ou porque existem famílias a passar fome e o governo com ideias de mudar de comboio.
Porém, se pensarmos que esta construção vai gerar centenas de novos postos de trabalho, possibilitar a expansão dos nossos produtos na Europa, fomentar o turismo entre outras vantagens, podermos acreditar que os nossos filhos e netos, apesar de continuarem a pagar por este investimento, serão mais felizes, viverão num país menos poluído, mais competitivo e menos parado no tempo, talvez a nossa opinião seja diferente, mais futurista e menos afonsina, apertar o cinto nunca fez mal a ninguém e se é para que amanhã estejamos melhor, então sim ao TGV.
Joana Araújo
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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