"A saúde da população é um indicador crucial dos impactos das alterações ambientais globais em sociedades humanas", Anthony McMichael.1
O optimismo parece estar de volta e o mundo pode estar mais próximo de alcançar um acordo decisivo para salvar o planeta. Muito se especulou sobre a Cimeira de Copenhaga, de um lado os que desvalorizam e pouca fé depositam nesta Cimeira, por outro os que acreditam que este possa ser um acordo decisivo para o futuro.
É um facto que o mundo não pode continuar a consumir e, ao mesmo tempo, desperdiçar recursos a uma escala galopante. A gestão dos recursos deve e tem que ser feita de forma sustentável, o desenvolvimento de hoje não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações vindouras. Mas, em alguns locais do mundo, já se sentem os efeitos das alterações climáticas, de acordo com a ONU, estas são responsáveis pelo aumento do risco de contrair doenças como a malária, que atinge, actualmente, cerca de 40 por cento da população mundial, assim como as mudanças no uso da terra que estão a colocar 840 milhões de pessoas em risco de má nutrição. Prevê-se que fenómenos como tempestades, furacões, secas, inundações, entre outros, assolem cada vez mais o nosso planeta e os prejuízos económicos causados por catástrofes naturais sejam cada vez mais elevados.
Entre 7 e 18 de Dezembro, Ministros do Ambiente irão se reunir em Copenhaga, para a conferência do clima das Nações Unidas, com o objectivo de “encontrar” um substituto para o Protocolo de Quioto. De entre os principais objectivos desta Cimeira, está o objectivo da redução das emissões de dióxido de carbono. Um dos “pontos quentes” desta Cimeira será a decisão de quais os países que devem diminuir as suas emissões e em que montante. Países como China e Estados Unidos estão entre os maiores poluidores do mundo, logo, é necessária a colaboração de ambos para o sucesso da Cimeira.
A nova esperança surge com o anúncio de metas propostas pelos dois maiores poluidores, juntamente com o anúncio da presença dos representantes dos mesmos na Cimeira. Confirmadas as presença do presidente norte-americano, Barack Obama, como a do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, reforça-se a probabilidade de ver assinado o acordo, mas não basta assinar, será preciso a estipulação de um mecanismo que faça cumprir as metas planeadas, assim como sanções para os países que não cumpram o estipulado no acordo. Os Estados Unidos anunciaram uma proposta de diminuição das emissões de dióxido de carbono em 17% até 2020, 30% até 2025 e 42% até 2030. Já a China revela-se mais optimista, pretendendo reduzir as emissões em até 45% para o ano de 2020. Ambos face a níveis de 2005.
Segundo Environmental Performance Index 2008 (EPI 2008), Portugal ocupa a 18ª posição a nível mundial, num total de 149 países, no que diz respeito ao desempenho ambiental. Uma óptima posição para Portugal, mas que deverá ser encarada como um incentivo a fazer mais e melhor. Não podemos esquecer que Portugal, este ano, foi o terceiro país da UE mais afectado pelos incêndios, elevando deste modo os seus níveis de emissões de dióxido de carbono, levando também ao aumento da desflorestação, perda de ecossistemas e riqueza natural. Por todo o país vê-se a entubação de ribeiros e linhas de água em prol da construção desmesurada e sem qualquer política de ordenação do território.
O que se espera é que todos os países estejam unidos e contribuam para a preservação do nosso planeta. Não podemos, também, esquecer que a responsabilidade não cabe só aos Governos, cabe a cada um de nós contribuir, todos os dias, para um futuro melhor.
Andreia Carvalho
O optimismo parece estar de volta e o mundo pode estar mais próximo de alcançar um acordo decisivo para salvar o planeta. Muito se especulou sobre a Cimeira de Copenhaga, de um lado os que desvalorizam e pouca fé depositam nesta Cimeira, por outro os que acreditam que este possa ser um acordo decisivo para o futuro.
É um facto que o mundo não pode continuar a consumir e, ao mesmo tempo, desperdiçar recursos a uma escala galopante. A gestão dos recursos deve e tem que ser feita de forma sustentável, o desenvolvimento de hoje não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações vindouras. Mas, em alguns locais do mundo, já se sentem os efeitos das alterações climáticas, de acordo com a ONU, estas são responsáveis pelo aumento do risco de contrair doenças como a malária, que atinge, actualmente, cerca de 40 por cento da população mundial, assim como as mudanças no uso da terra que estão a colocar 840 milhões de pessoas em risco de má nutrição. Prevê-se que fenómenos como tempestades, furacões, secas, inundações, entre outros, assolem cada vez mais o nosso planeta e os prejuízos económicos causados por catástrofes naturais sejam cada vez mais elevados.
Entre 7 e 18 de Dezembro, Ministros do Ambiente irão se reunir em Copenhaga, para a conferência do clima das Nações Unidas, com o objectivo de “encontrar” um substituto para o Protocolo de Quioto. De entre os principais objectivos desta Cimeira, está o objectivo da redução das emissões de dióxido de carbono. Um dos “pontos quentes” desta Cimeira será a decisão de quais os países que devem diminuir as suas emissões e em que montante. Países como China e Estados Unidos estão entre os maiores poluidores do mundo, logo, é necessária a colaboração de ambos para o sucesso da Cimeira.
A nova esperança surge com o anúncio de metas propostas pelos dois maiores poluidores, juntamente com o anúncio da presença dos representantes dos mesmos na Cimeira. Confirmadas as presença do presidente norte-americano, Barack Obama, como a do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, reforça-se a probabilidade de ver assinado o acordo, mas não basta assinar, será preciso a estipulação de um mecanismo que faça cumprir as metas planeadas, assim como sanções para os países que não cumpram o estipulado no acordo. Os Estados Unidos anunciaram uma proposta de diminuição das emissões de dióxido de carbono em 17% até 2020, 30% até 2025 e 42% até 2030. Já a China revela-se mais optimista, pretendendo reduzir as emissões em até 45% para o ano de 2020. Ambos face a níveis de 2005.
Segundo Environmental Performance Index 2008 (EPI 2008), Portugal ocupa a 18ª posição a nível mundial, num total de 149 países, no que diz respeito ao desempenho ambiental. Uma óptima posição para Portugal, mas que deverá ser encarada como um incentivo a fazer mais e melhor. Não podemos esquecer que Portugal, este ano, foi o terceiro país da UE mais afectado pelos incêndios, elevando deste modo os seus níveis de emissões de dióxido de carbono, levando também ao aumento da desflorestação, perda de ecossistemas e riqueza natural. Por todo o país vê-se a entubação de ribeiros e linhas de água em prol da construção desmesurada e sem qualquer política de ordenação do território.
O que se espera é que todos os países estejam unidos e contribuam para a preservação do nosso planeta. Não podemos, também, esquecer que a responsabilidade não cabe só aos Governos, cabe a cada um de nós contribuir, todos os dias, para um futuro melhor.
Andreia Carvalho
Referências bibliográficas:
1 Co-autor do programa da Earth System Science Partnership (ESSP).
Jornal de Negócios, 27 de Novembro de 2009
www.auniao.com – A União Jornal Online
http://pt.euronews.net/ – Euronews
http://economico.sapo.pt/ – Jornal Económico
http://dn.sapo.pt/ – Diário de Noticias
http://ecosfera.publico.clix.pt/ – Jornal Público
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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