sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Será a incorrecta distribuição do rendimento social de inserção uma razão para Portugal não evoluir?

Na minha modesta opinião e salvo melhor entendimento em contrário, apraz me dizer que concordo em geral com a atribuição deste rendimento mínimo de inserção social (antigo rendimento mínimo).
Contudo penso que este subsídio poderá em certas situações diminuir o incentivo à procura de emprego. Pois julgo entender que por vezes o esforço necessário que é exigido às pessoas no dia a dia e as deslocações em geral para o emprego que certas pessoas têm vai lhes conferir um rendimento idêntico ou pouco superior àquele que obtêm com o subsídio, o que poderá levar a um mal estar social e a um certo descontentamento social.
Penso que é um subsídio com o qual terá que ser muito bem ponderada a sua atribuição tal como a quem se dirige, a fim de uma reinserção social mais justa e igualitaria para não causar um certo mau estar social que se possa instalar com a atribuição daquele subsidio.
Penso que a atribuição do supra referido subsídio, vem colmatar certas enfermidades sociais que podem ser colmatadas não na sua totalidade mas em parte com este subsídio, contudo tem de se ter bem atenção a quem se dirige e que quem o recebe é merecedor deste subsídio.
Rendimento de inserção social (antigo rendimento mínimo) sim, mas as entidades que tutelam a sua atribuição devem se acautelar a quem se atribui.
Uma família que recebe o rendimento social de inserção acaba por sair beneficiada em relação a uma familia em que pai e mãe sejam operários fabris, pois as duas famílias obtêm praticamemte o mesmo rendimento mas a familia que trabalha na fábrica tem um esforço muito superior para obter o seu rendimento .
Os cursos EFA, cursos de formação para adultos, funcionam como uma medida de distribuição do rendimento social de inserção mas ao mesmo tempo melhoram a escolariadade e aumentam o trabalho especializado, uma vez que a falta de escolaridade e trabalho especializado é um dos entraves à evolução da economia.
Este tipo de curso funciona em regime diurno e nocturno e as pessoas que o frequentam recebem 400 euros por mês. A ideia não é pôr as pessoas a trabalhar o dia inteiro, mas sim em regime de meio tempo laboral.
Uma das propostas de um partido que concorreu às ultimas eleições legislativas era que uma parcela do rendimento social de inserção fosse distribuída em géneros e, na minha modesta opinião, uma parcela devia servir para garantir a educação dos filhos de quem recebe este subsídio.
O rendimento social de inserção tem um grande peso no orçamento de estado, por isso esta força de trabalho que está parada devia ser mais “optimizada”, como por exemplo colocar estas pessoas a contribuir para a sociedade, nomeadamente trabalho de voluntariado em instituições, fundações e lares de idosos. A ideia é pôr as pessoas que recebem este subsídio a trabalhar para a sociedade e esta medida aplicada apenas em regime meio-laboral já seria um óptimo avanço para a melhoria do bem-estar e desenvolvimento da sociedade. Penso que deste modo o dinheiro gasto pelo estado neste tipo de subsídio teria uma maior utilidade e estaria a contribuir de uma certa forma para o desenvolvimento do país.

Eliana Monteiro

[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

Sem comentários: