Dizer que Portugal tem uma baixa taxa de natalidade e
um rápido envelhecimento da população já não é novidade, no sentido em que se
fala muito sobre este tema nos últimos tempos. Uma abordagem sobre o que fazer
para combater esta situação que se agrava cada vez mais em Portugal torna-se
necessária.
Uma baixa taxa de natalidade e uma população cada vez
mais envelhecida implicam obviamente uma quantidade menor de pessoas a
contribuírem com impostos e contribuições para a segurança social, sem esquecer
um maior número de pessoas reformadas.
Nos tempos de hoje, existe na nossa sociedade o que
podemos chamar de travão para quem deseja ter filhos. Travão este que tem muito
a ver com o adiamento do nascimento até que sejam reunidas todas as condições
para tal, ou com a estabilidade profissional e até mesmo com a conciliação
entre tempos de família e emprego. Este travão é a tal mentalidade que se vive
hoje em dia que, embora tenha o seu lado positivo, também acaba influenciando a
economia portuguesa. A prova disso são as baixas taxas de natalidade e
envelhecimento da população. Então como combater isto?
Em primeiro lugar, é necessário ter emprego estável e
isto obviamente não se consegue quando o país tem um desemprego a rondar os 13%
e um desemprego jovem a rondar os 30%.
Portugal é um dos países da europa com maior taxa de
emigração jovem, situação essa causada pela tal falta de emprego de que falei
anteriormente. Trata-se de investimento perdido na medida em que o país investe
muito e durante vários anos na educação e formação dos jovens e quando chega a
hora destes entrarem na vida ativa e contribuírem para impostos e segurança social
isso não acontece devido à falta de emprego. Logo, emigram e a população
envelhecida predomina.
É necessário que os filhos saiam de casa dos pais a
partir de certa idade, formem família, ganhem responsabilidades e não tenham de
sair do país para trabalhar. É necessário fazer com que a economia cresça, dar
confiança à população, principalmente aos jovens de que se pode esperar que
contribuam para solucionar estes problemas. É necessário criar condições
favoráveis para um crescimento económico equilibrado e assim minimizar este
problema que se agrava cada vez mais e mais.
Mara
Almeida
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular
“Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da
EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário