O mercado de trabalho associa quem oferece força de trabalho (empregado)
a quem está à procura dela (empregador), num sistema de mercado onde se negocia
a fim de determinar os preços e as quantidades a transacionar. Como a procura
por empregos com elevados salários e com reconhecimento é bastante grande, este
mercado torna-se muito competitivo na medida em que uma mesma vaga é oferecida
a imensos candidatos.
A globalização e o desenvolvimento mundial vieram alterar por completo o
funcionamento do mercado de trabalho, devido às modernas visões das pessoas em
relação à vida profissional, às novas invenções e tecnologias, às novas
exigências da oferta e da procura e também devido à própria condição económica
que o país tem num dado momento.
Estes fatores demonstram que o mercado de trabalho não
só se modificou como também segue uma tendência que pode ser atingida de forma
rápida ou lenta dependendo das zonas territoriais, afetando um ou vários
setores (industriais, comerciais, da saúde, etc). Esta incerteza acerca de como
vai reagir o mercado de trabalho a todas estas mudanças faz com que nos dias de
hoje não haja a ideia de ter um emprego estável para o resto da vida.
Atualmente, estamos numa era muito avançada em termos
tecnológicos, onde as grandes empresas mundiais utilizam grande parte destas
novas criações. Tal facto começa a ameaçar os postos de trabalho de quem já
esta no meio, uma vez que a mão humana pode ser rapidamente substituída por
máquinas e robôs, que automatizam os processos produtivos.
Por outro lado, para quem esta a entrar no mercado de
trabalho e pensa ter um emprego fácil de arranjar, pode e deve formar-se e
especializar-se na invenção e criação de novas tecnologias, visto que é um ramo
cada vez mais procurado e utilizado.
Contudo, nem todos têm capacidades nem possibilidades
para adquirir determinadas competências, quer as pessoas já empregadas, quer as
que ainda o vão/esperam ser. Por isso, na minha opinião deve haver, por um lado,
um apoio por parte das empresas em termos de ensinar o básico das tecnologias
aos trabalhadores mais antigos e fornecer cursos para quem ainda está no
começo.
Por outro lado, também se pode apostar e desenvolver
áreas em que a tecnologia não seja tão fácil de ser implementada e de retirar
emprego a pessoas, como é o caso da saúde, das vendas, dos transportes, entre
outros.
Assim, uma vez que a mudança
no mercado de trabalho é claramente visível, cabe aos dirigentes políticos
arranjarem forma de combater o desemprego criado não só pelas dificuldades
económicas do país mas também pela entrada maciça de tecnologias. Só instruindo
os trabalhadores e formando-os devidamente para o que podem encontrar no
mercado de trabalho é que se consegue ter sucesso no emprego e contribuir para
a criação de riqueza a nível microeconómico (dentro da empresa) e a nível
macroeconómico (aumento do PIB do país).
Por isso, a solução passa
por aprender e criar ferramentas básicas de acordo com a situação atual da
economia e preparar a mente para as situações futuras que podem ocorrer, a fim de
não serem ultrapassados pela era da tecnologia.
Beatriz
Esteves Coelho
[artigo de opinião
produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do
3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário