A dívida pública
portuguesa representa o que, externa e internamente, o Estado Português deve
através dos seus compromissos financeiros.
A dívida das
administrações públicas portuguesas começou a crescer a partir do ano 2000, em que correspondia a cerca
de 50,7% do produto interno bruto, mas foi a partir de 2008 que se verificou um
crescimento mais acentuado desta componente. De facto, que passou-se, em 2008,
de uma uma dívida de 71,7% do PIB para cerca de 129% do PIB em 2015, ou seja, passou-se
de um endividamento bruto de 128 mil milhões para cerca de 231 mil milhões de
euros. É possivel constatar que a dívida quase que duplicou num espaço de 7
anos. Este fenómeno pode ser explicado, na sua maioria, pela crise financeira
internacional de 2008, que provocou um aumento exponencial da dívida e do
desemprego.
Como consequência
destes constantes aumentos da dívida portuguesa, verifica-se que os encargos da
mesma são extremamente elevados, chegando a valores equivalentes a 4,9% e 4,6%
do PIB, em 2014 e 2015, respetivamente. Portugal é dos países da Europa que tem
os juros da dívida mais elevados, superiores aos de países como Irlanda, Itália
e Espanha.
Apesar de tudo o que se
tem feito para controlar a dívida pública, esta continua a aumentar, sendo que
está há sete meses consecutivos a aumentar, elevando a mesma, segundo
informações disponibilizadas pelo Banco de Portugal, a cerca de 244 mil milhões
de euros. O que significa que no espaço de um ano a dívida pública aumentou cerca
de 5,26% ou 12,2 mil milhões de euros.
Um facto é que a dívida
atingiu um nível recorde, e está a chegar a níveis insustentáveis. Com este nível
de endividamento e com os encargos que o acompanham, vai ser sempre muito
difícil sair desta situação que em tudo se parece com uma bola de neve.
Nuno
Alexandre Sousa
Referências:
[artigo de opinião
produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do
3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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