Angola busca uma melhoria do sistema legal, desenvolvimento, redução da independência das receitas petrolíferas e modernização e, por isso, arrisca no IDE (investimento directo estrangeiro).
Por cá, os investidores procuram oportunidades de auferirem maior rendibilidade de capital e, decorrente dessa procura, tem se assistido a uma crescente aposta no mercado angolano fazendo com que o IDE português em Angola triplicasse entre 2008 e 2009, transformando-a numa economia com um crescimento bastante rápido e favorável a ser membro dinâmico da comunidade económica global. Por exemplo, o grupo Mota Engil apostou em Angola e fez com que este no mercado ocupasse o segundo lugar na facturação do grupo.
Há muito tempo que o país angolano está marcado por uma governação com falta de transparência, corrupção e violação dos direitos humanos. Este é o segundo maior produtor de petróleo na África Subsaariana e são raras ou nenhumas as explicações para o gasto da vastíssima riqueza proveniente dessa produção. Está também presente o tráfico ilegal de diamantes e a manipulação do povo. Em virtude desta corrupção, no dia 5 de Outubro de 2009 a "Global Witness" - organização internacional que vigia a corrupção em Angola – acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de sustentar essa corrupção com a atribuição de um empréstimo de 1,3 mil milhões de dólares com o objectivo de auxiliar o Governo na busca do equilíbrio da balança de pagamentos de Angola.
Além destes existem outros obstáculos a essa internacionalização, como o facto de alguns sectores estarem sujeitos a reservas governamentais e os projectos de investimento necessitarem da aprovação do Estado, a concorrência com outros países, o baixo nível de cooperação e a pequena dimensão da maioria das empresas portuguesas.
Num país em que os apartamentos de luxo da capital contrastam com as barracas da periferia, privadas até de água potável, permanece a extrema pobreza vivida por grande parte da população, a necessidade de reabilitação das infra-estruturas, como as rodoviárias e as administrativas, melhoria das condições de habitação, saneamento básico e desenvolvimento de um sistema de ensino habilitado para superar a carência de mão-de-obra qualificada. De facto, o trabalho de reconstrução é admirável mas o investimento em áreas que permitam reduzir a penúria e o precário serviço de saúde e educação é escasso. Segundo dados da “Agência Nacional para o Investimento Privado”, a maior parcela do investimento destina-se ao sector da construção (29.99%), sendo a educação o sector em que menos se investe (0.32%).
Todas estas necessidades criam oportunidades aos empresários portugueses que são atraídos pelo facto de beneficiarem de regimes de isenções de impostos industriais durante 8, 12 ou 15 anos dependendo da província em que se investe. Além destas justificativas para que Portugal invista em Angola, podemos ainda ter em conta o facto das empresas portuguesas poderem ainda beneficiar da posição geográfica para intensificar a cooperação económica com África, da capacidade peculiar de adaptação ao regime laboral que os empresários portugueses demonstram, de todo um historial de relações e cumplicidade, de laços linguísticos e culturais entre os dois países, da fácil acomodação da tecnologia portuguesa ao mercado angolano e da diversificação do investimento. Até as empresas relacionadas com sectores como a pesca e a agro-
-indústria têm em Angola uma possibilidade de elevado crescimento pelo facto de ser um país com uma vasta costa marítima e com vários hectares de terra arável.
Os investidores do nosso país deveriam apostar em áreas de que a Angola carece, nomeadamente, na área da formação empresarial e profissional. Sendo a mão-
-de-obra angolana pouco qualificada interessa não só estimular o ensino mas também ensinar profissões que necessitam de conhecimentos práticos, como a profissão de electricista, por exemplo. Para tal vínculo Portugal beneficia do apoio da ANIP (Agência Nacional para o Investimento Privado).
Caso os empresários não disponham de recursos próprios suficientes para financiar tal investimento podem recorrer a programas de financiamento, por parte de algumas instituições, disponíveis para investir nos PALOP.
Por cá, os investidores procuram oportunidades de auferirem maior rendibilidade de capital e, decorrente dessa procura, tem se assistido a uma crescente aposta no mercado angolano fazendo com que o IDE português em Angola triplicasse entre 2008 e 2009, transformando-a numa economia com um crescimento bastante rápido e favorável a ser membro dinâmico da comunidade económica global. Por exemplo, o grupo Mota Engil apostou em Angola e fez com que este no mercado ocupasse o segundo lugar na facturação do grupo.
Há muito tempo que o país angolano está marcado por uma governação com falta de transparência, corrupção e violação dos direitos humanos. Este é o segundo maior produtor de petróleo na África Subsaariana e são raras ou nenhumas as explicações para o gasto da vastíssima riqueza proveniente dessa produção. Está também presente o tráfico ilegal de diamantes e a manipulação do povo. Em virtude desta corrupção, no dia 5 de Outubro de 2009 a "Global Witness" - organização internacional que vigia a corrupção em Angola – acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de sustentar essa corrupção com a atribuição de um empréstimo de 1,3 mil milhões de dólares com o objectivo de auxiliar o Governo na busca do equilíbrio da balança de pagamentos de Angola.
Além destes existem outros obstáculos a essa internacionalização, como o facto de alguns sectores estarem sujeitos a reservas governamentais e os projectos de investimento necessitarem da aprovação do Estado, a concorrência com outros países, o baixo nível de cooperação e a pequena dimensão da maioria das empresas portuguesas.
Num país em que os apartamentos de luxo da capital contrastam com as barracas da periferia, privadas até de água potável, permanece a extrema pobreza vivida por grande parte da população, a necessidade de reabilitação das infra-estruturas, como as rodoviárias e as administrativas, melhoria das condições de habitação, saneamento básico e desenvolvimento de um sistema de ensino habilitado para superar a carência de mão-de-obra qualificada. De facto, o trabalho de reconstrução é admirável mas o investimento em áreas que permitam reduzir a penúria e o precário serviço de saúde e educação é escasso. Segundo dados da “Agência Nacional para o Investimento Privado”, a maior parcela do investimento destina-se ao sector da construção (29.99%), sendo a educação o sector em que menos se investe (0.32%).
Todas estas necessidades criam oportunidades aos empresários portugueses que são atraídos pelo facto de beneficiarem de regimes de isenções de impostos industriais durante 8, 12 ou 15 anos dependendo da província em que se investe. Além destas justificativas para que Portugal invista em Angola, podemos ainda ter em conta o facto das empresas portuguesas poderem ainda beneficiar da posição geográfica para intensificar a cooperação económica com África, da capacidade peculiar de adaptação ao regime laboral que os empresários portugueses demonstram, de todo um historial de relações e cumplicidade, de laços linguísticos e culturais entre os dois países, da fácil acomodação da tecnologia portuguesa ao mercado angolano e da diversificação do investimento. Até as empresas relacionadas com sectores como a pesca e a agro-
-indústria têm em Angola uma possibilidade de elevado crescimento pelo facto de ser um país com uma vasta costa marítima e com vários hectares de terra arável.
Os investidores do nosso país deveriam apostar em áreas de que a Angola carece, nomeadamente, na área da formação empresarial e profissional. Sendo a mão-
-de-obra angolana pouco qualificada interessa não só estimular o ensino mas também ensinar profissões que necessitam de conhecimentos práticos, como a profissão de electricista, por exemplo. Para tal vínculo Portugal beneficia do apoio da ANIP (Agência Nacional para o Investimento Privado).
Caso os empresários não disponham de recursos próprios suficientes para financiar tal investimento podem recorrer a programas de financiamento, por parte de algumas instituições, disponíveis para investir nos PALOP.
Joana Barbosa
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo), da EEG/UMinho]
1 comentário:
Tal como é noticiado pelo Jornal de Nogócios (23 Outubro de 2009), o grupo Mota Engil soma mais um contrato em terras angolanas, trata-se de uma estação de captação e tratamento de água.
Dia 22 de Outubro do presente ano foi também um dia próspero para esta empresa que, juntamente com a Soares da Costa, assinou o contrato de concessão de uma ponte neste território. Este investimento irá ter início em 2010 e serão necessários 106 milhões de euros. Estas empresas serão ainda responsáveis pela construção de 15km de estrada e pela manutenção de algumas já existentes.
Joana Barbosa
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