Na actual conjuntura de crise internacional o desemprego é um dos indicadores económicos seguidos de perto, e a constatação é de elevadas taxas, a previsão é de aumento para os próximos tempos.
A realidade portuguesa não foge à regra, e os jovens recém-licenciados estão a encontrar um mercado de trabalho cada vez mais precário e longe das suas possibilidades.
“Os jovens universitários portugueses são mais afectados pelo desemprego de longa duração do que a média dos universitários desempregados dos restantes países da OCDE”
Os dados do INE mostram a taxa de desemprego por nível de escolaridade completo referente ao ensino superior de 5,9% na faixa etária dos 15 aos 24 anos para o período referente ao segundo trimestre de 2009.
A questão que se coloca é, se procuramos trabalhadores mais qualificados porquê que uma grande parte do desemprego é entre os jovens recém-licenciados, para muitos a taxa de desemprego para estes prova que a economia portuguesa continua a preferir mão-de-obra pouco qualificada.
O facto é que há factores directamente ligados ao mercado de trabalho português que contribuem para essa tendência, quem esta há mais tempo no mercado de trabalho tem mais facilidade de encontrar emprego do que quem anda à procura do primeiro emprego, sendo também que baixa antiguidade representa maior disponibilidade para contratos a termo, há também a questão da fraca mobilidade geográfica dentro do território nacional, e a alta taxa de formação em áreas de fraca empregabilidade.
As estatísticas apontam que um em cada três alunos estuda em áreas com maior desemprego, de acordo com os dados do Gabinete de Planeamento Estratégia Avaliação Relações Internacionais do Ministério do Ensino Superior 33% dos estudantes matriculados estão em áreas de grande desemprego.
Um em cada três alunos que frequentam uma licenciatura esta matriculado em cursos de formação de professores, ciências empresariais e ciências sociais, as três áreas com mais desemprego, responsáveis por mais de metade do desemprego entre licenciados.
Apesar disso, recomenda-se cautela ao falar de desemprego para esses recém-formados pois a sua integração no mercado de trabalho é mais tardia, fala-se do fenómeno “wait unemployment” na medida em que o sector público oferece melhores remunerações que o sector privado, pelo que os recém-licenciados esperam por um emprego em função publica em detrimento do sector privado, mesmo tendo oferta de trabalho, a tendência é de uma redução do tempo de desemprego para este grupo relativamente a outras pessoas, e remunerações mais elevadas a médio prazo.
Evanilda Mendes Afonso
“Os jovens universitários portugueses são mais afectados pelo desemprego de longa duração do que a média dos universitários desempregados dos restantes países da OCDE”
Os dados do INE mostram a taxa de desemprego por nível de escolaridade completo referente ao ensino superior de 5,9% na faixa etária dos 15 aos 24 anos para o período referente ao segundo trimestre de 2009.
A questão que se coloca é, se procuramos trabalhadores mais qualificados porquê que uma grande parte do desemprego é entre os jovens recém-licenciados, para muitos a taxa de desemprego para estes prova que a economia portuguesa continua a preferir mão-de-obra pouco qualificada.
O facto é que há factores directamente ligados ao mercado de trabalho português que contribuem para essa tendência, quem esta há mais tempo no mercado de trabalho tem mais facilidade de encontrar emprego do que quem anda à procura do primeiro emprego, sendo também que baixa antiguidade representa maior disponibilidade para contratos a termo, há também a questão da fraca mobilidade geográfica dentro do território nacional, e a alta taxa de formação em áreas de fraca empregabilidade.
As estatísticas apontam que um em cada três alunos estuda em áreas com maior desemprego, de acordo com os dados do Gabinete de Planeamento Estratégia Avaliação Relações Internacionais do Ministério do Ensino Superior 33% dos estudantes matriculados estão em áreas de grande desemprego.
Um em cada três alunos que frequentam uma licenciatura esta matriculado em cursos de formação de professores, ciências empresariais e ciências sociais, as três áreas com mais desemprego, responsáveis por mais de metade do desemprego entre licenciados.
Apesar disso, recomenda-se cautela ao falar de desemprego para esses recém-formados pois a sua integração no mercado de trabalho é mais tardia, fala-se do fenómeno “wait unemployment” na medida em que o sector público oferece melhores remunerações que o sector privado, pelo que os recém-licenciados esperam por um emprego em função publica em detrimento do sector privado, mesmo tendo oferta de trabalho, a tendência é de uma redução do tempo de desemprego para este grupo relativamente a outras pessoas, e remunerações mais elevadas a médio prazo.
Evanilda Mendes Afonso
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo), da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário