“Há 5 anos, a energia e o aquecimento global eram uma questão entre outras. Hoje, são «a questão». A energia e o aquecimento global condicionam o equilíbrio do planeta em que vivemos. A competitividade dos países. As relações de força entre os Estados. O orçamento das famílias.”. [1] Assim começou a intervenção do ex-ministro da Economia e Inovação, Dr. Teixeira dos Santos numa conferência de Lisboa sobre energias renováveis e inovação, em Setembro de 2008.
Numa altura em que as decisões para o sector de energia são imperativas, nomeadamente para o futuro das energias renováveis em Portugal, coloca-se a necessidade de analisar a estratégia actual do país na reflexão das diversas temáticas fundamentais para a sustentabilidade do sector e das suas empresas.
Sem dúvida que Portugal deu um salto de gigante na investigação e desenvolvimento de novos desafios tecnológicos, tendo sido o sector do ambiente, nomeadamente o das energias renováveis a forte aposta do Governo. Contudo, infelizmente esse salto não é ainda sinónimo de competitividade, e continuam a ser apenas as grandes empresas os maiores investidores em inovação.
A Galp Energia, a EDP[2], a Efacec, a Deimos, a Agni, a REN e o grupo Martifer são algumas das empresas que aquiesceram com o programa MIT-Portugal[3], na área dos Sistemas Energéticos Sustentáveis. Nestes “gigantes” portugueses[4] estão a ser realizados avultados investimentos na área do ambiente, que apostam fortemente nas novas tecnologias, abrindo uma janela (não uma porta!) de oportunidades para o desenvolvimento de variados projectos de inovação.
Contudo, e apesar de se ter verificado uma evolução bastante positiva nos últimos anos, a inovação continua a não ser um factor crítico para a melhoria da competitividade do tecido económico nacional, sobretudo ao nível das PME e, para esta falta de competitividade contribui, nomeadamente, o afastamento da investigação centralizada nas universidades e entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, que se manifestam longe do mundo empresarial. Isto talvez porque se despoletou uma desconfiança mútua nas respectivas capacidades. Para além disso, o tecido empresarial nacional não sabe aproveitar convenientemente o conhecimento gerado pelo sistema de Investigação e Desenvolvimento Português. É portanto urgente uma mudança já que os resultados são extremamente escassos quando medidos em termos de competitividade. É necessário que se dê um passo absolutamente necessário e fundamental para a criação de um mercado sustentável onde as empresas portuguesas pudessem surgir como referências mundiais.
Numa altura em que as decisões para o sector de energia são imperativas, nomeadamente para o futuro das energias renováveis em Portugal, coloca-se a necessidade de analisar a estratégia actual do país na reflexão das diversas temáticas fundamentais para a sustentabilidade do sector e das suas empresas.
Sem dúvida que Portugal deu um salto de gigante na investigação e desenvolvimento de novos desafios tecnológicos, tendo sido o sector do ambiente, nomeadamente o das energias renováveis a forte aposta do Governo. Contudo, infelizmente esse salto não é ainda sinónimo de competitividade, e continuam a ser apenas as grandes empresas os maiores investidores em inovação.
A Galp Energia, a EDP[2], a Efacec, a Deimos, a Agni, a REN e o grupo Martifer são algumas das empresas que aquiesceram com o programa MIT-Portugal[3], na área dos Sistemas Energéticos Sustentáveis. Nestes “gigantes” portugueses[4] estão a ser realizados avultados investimentos na área do ambiente, que apostam fortemente nas novas tecnologias, abrindo uma janela (não uma porta!) de oportunidades para o desenvolvimento de variados projectos de inovação.
Contudo, e apesar de se ter verificado uma evolução bastante positiva nos últimos anos, a inovação continua a não ser um factor crítico para a melhoria da competitividade do tecido económico nacional, sobretudo ao nível das PME e, para esta falta de competitividade contribui, nomeadamente, o afastamento da investigação centralizada nas universidades e entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, que se manifestam longe do mundo empresarial. Isto talvez porque se despoletou uma desconfiança mútua nas respectivas capacidades. Para além disso, o tecido empresarial nacional não sabe aproveitar convenientemente o conhecimento gerado pelo sistema de Investigação e Desenvolvimento Português. É portanto urgente uma mudança já que os resultados são extremamente escassos quando medidos em termos de competitividade. É necessário que se dê um passo absolutamente necessário e fundamental para a criação de um mercado sustentável onde as empresas portuguesas pudessem surgir como referências mundiais.
Marta Teixeira Pinto
[1] Intervenção do Ministro da Economia e da Inovação na Conferência de Lisboa sobre energias renováveis e inovação, organizada pelo Ministério da economia e da Inovação, a 16 de Setembro de 2008
[2] A EDP tem em curso um conjunto alargado de projectos, entre eles o projecto "Ondas de Portugal", que surge como veículo para materializar uma visão de tecnologia aberta no sector da energia. A iniciativa está ainda em formação de consórcio investidor e visa, na primeira fase, a implantação de três a quatro projectos de demonstração de tecnologia de energia das ondas. In Revista Água & Ambiente, 1 de Agosto 2009
[3] http://www.mitportugal.org/programs/sustainable-energy-systems.html
[1] Intervenção do Ministro da Economia e da Inovação na Conferência de Lisboa sobre energias renováveis e inovação, organizada pelo Ministério da economia e da Inovação, a 16 de Setembro de 2008
[2] A EDP tem em curso um conjunto alargado de projectos, entre eles o projecto "Ondas de Portugal", que surge como veículo para materializar uma visão de tecnologia aberta no sector da energia. A iniciativa está ainda em formação de consórcio investidor e visa, na primeira fase, a implantação de três a quatro projectos de demonstração de tecnologia de energia das ondas. In Revista Água & Ambiente, 1 de Agosto 2009
[3] http://www.mitportugal.org/programs/sustainable-energy-systems.html
[4] Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 14/2003, de 5 de Fevereiro, decidiu o Governo que às assembleias-gerais das empresas do sector energético que tenham participação significativa do Estado fossem propostas orientações estratégicas que consagrem uma reorganização do sector, coerente com os objectivos de racionalidade, de eficiência e de criação de valor para os accionistas no quadro dos mercados ibérico e europeu da energia. Da mesma forma designou como encarregado de missão junto dos Ministros das Finanças e da Economia o engenheiro João Talone, com o mandato de propor as linhas de reorganização do sector energético, a política de alianças empresariais, bem como a estruturação das operações que as permitam concretizar.
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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