domingo, 19 de outubro de 2014

Competitividade das Empresas Portuguesas

Portugal recupera três lugares no índice mundial da competitividade elaborado pela escola de negócios IMD, passando do 46.º para o 43.º lugar entre 60 economias analisadas. Esta é a primeira evolução positiva registada desde 2010, mas ainda está longe da 37.ª posição que ocupava nessa altura. 
A competitividade das empresas é a capacidade de gerar lucro ou maior lucro tendo em conta a concorrência; é ter foco no cliente e no mercado. A competitividade das empresas portuguesas passa hoje pela capacidade em se afirmarem como um fornecedor para o mercado global. Nesse sentido, as empresas devem destacar-se pela qualidade dos produtos e serviços, bons preços, personalização e melhoria contínua do produto. 
Os principais desafios de Portugal para aumentar a competitividade que são apontados pela Comissão Europeia compreendem o difícil acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresa, o desajuste entre o sistema educativo e as necessidades do mercado de trabalho, que são notórias dados os elevados níveis de desemprego que o país enfrenta. “A economia não está a absorver os jovens mais qualificados e o desemprego de licenciados aumentou persistentemente nos anos mais recentes”, recorda a Comissão. 
Atualmente, é cada vez mais importante para as empresas o investimento numa oferta diferenciada e inovadora para atrair o investimento internacional. Um exemplo de competitividade em Portugal é o sector do vinho, que tem um reconhecimento internacional inquestionável, destacando-se não só pela qualidade e relação qualidade-preço mas também pela sua capacidade de inovação do produto e estratégia de promoção. Outro exemplo de sucesso é a Renova, uma vez que, na última década, o volume de negócios da empresa cresceu mais de 60 por cento e cerca de 50 por cento das suas vendas são fora de Portugal, sendo Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo e Angola os mercados externos onde está mais presente. “A inovação e a persistência têm sido os motores que permitem à Renova continuar a entrar em novos mercados”, afirmam os responsáveis da empresa.
Em suma, as empresas portuguesas devem investir na qualidade, inovação, marketing, design, marca e recursos humanos qualificados de forma a conseguirem competir num mercado onde a concorrência é especialmente exigente. Assim, ao apostar no mercado internacional estão a impulsionar a economia portuguesa, aumentando as exportações e melhorando o saldo da balança comercial.

Sara Cristina Alves Ferreira

Fontes:
http://www.portugalglobal.pt/pt/portugalnews/documents/revistas_pdfs/portugalglobal_n36.pdf

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

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