sábado, 18 de outubro de 2014

Desemprego em Portugal

O desemprego em Portugal é uma realidade sombria que, infelizmente, acompanha a vida de muitos portugueses, desde os mais jovens até aos mais velhos, afectando, na maioria, a população mais envelhecida e sem qualificações. O desemprego é uma variável que afecta a economia como um todo, económica, social e até politicamente.Embora de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, os dados apontem que no segundo trimestre a taxa de desemprego em Portugal foi de 15.2% , há um ano a taxa de desemprego era de 16.4%. A verdade é que continuamos a ser o 5º país a nivel da U. E. com a taxa de desemprego mais elevada, atrás da Grécia, com 27.2% em Maio, da Espanha, com 24.5%, da Croácia, com 16.2 % e de Chipre, com 15.9% .
 Os dados também apontam uma ligeira descida  de um ponto percentual  na taxa de desemprego jovem em Portugal, de 36,4% para 35 %, mas é certo que os jovens continuam em desespero sabendo que estão a investir na sua educação em Portugal e são práticamente forçados a emigrar, o que também afeta a economia uma vez que o estado também tem gastos na formação destes jovens.  Mas a faixa etária mais afetada, com uma taxa de desemprego elevada, é a partir dos 45 anos, onde o nivel de literacia é baixa, ou seja, trata-se em muitos casos de mão-de-obra não qualificada, o que dificulta bastante o acesso a um novo emprego. 
Inerente a este tipo de situações encontramos também o contraste entre a procura por trabalho e a oferta . Os empresários oferecem um tipo de emprego para o qual os desempregados não se encontam preparados devido ao baixo nivel de escolaridade. Mas posso salientar que em muitos casos o estado nunca teve preocupações co este tipo de problemas, principalmente com quem possui a escolaridade obrigatória ( 12 º ano).
Também é de salientar que é alarmante a situação deste tipo de desempregados de longa duração e desta faixa étária. Além de ser muito complicado arranjar um novo emprego, este tipo de desempregados "quase" são excluidos da sociedade . É verdade que o estado tem muitos gastos com o subsidio de desemprego, mas é de salientar também que estes desmpregados não têm qualquer cumplicidade com ou culpa nestes acontecimentos. Quem diz sim/ não são os políticos.  
É muito complicado ser um desempregado de longa duração e sem receber qualquer apoio do estado, lutando por melhor qualidade de vida.  Mas vamos ter esperança  que os governantes  do  país, com a contribuição de todos os portugueses, nos  proporcionem um crescimento sustentável. Embora para que isso aconteça ainda há muito, mas muito que trabalhar.

Marília Fernandes Rodrigues 

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

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