Portugal viveu anos em que a economia era práticamente fechada, onde os
agentes económicos produziam para de seguida consumirem apenas o que produziam.
Trabalhavam muitas horas seguidas, com remunerações baixas.
Depois da abertura ao comércio internacional, ou seja, sobretudo com a
entrada na C.E.E., os agentes económicos lutaram por melhores condições de
trabalho, redução nas horas laborais e aumentos salariais. Tudo isto foi
conseguido depois de muito esforço e trabalho por parte dos políticos da época
e dos agentes económicos com conhecimento. Mas, apesar desta luta, foram
esquecendo que também era muito importante, posso dizer mesmo básico, a
formação dos trabalhadores, uma vez que a especialização da mão-de-obra, até
então, tinha sido baixa. Daí ser necessário investir na qualificação de mão-de-obra.
Toda a economia cresceu de forma
acelerada, tendo os politicos contribuído também fortemente para tal,
falicitando o dia-à-dia dos agentes económicos com taxas de juro extramamente
baixas, acesso ao crédito com facilidade, sem mais uma vez avaliarem as
consequências futuras. É certo que se verificou maior investimento, melhor qualidade
de vida, mas teremos que pagar a fatura no futuro .
Com a existência de tanta turbulência na economia, chegou assim a crise
financeira. Tantos empréstimos, tantos investimentos realizados sem fundamento,
sem estudos aprofundados, ou seja, sem clareza, sem qualificações por parte do
Estado e sem controlo. Tudo isto deu origem à palavra baixa produtividade em
Portugal e a desemprego.
O Estado tem que ter uma maior intervenção na resolução deste enorme
problema que tanto afeta os agentes económicos em Portugal. O estado tem de
investir mais na qualificação de mão-de-obra. São necessários maior nivel de
escolaridade, melhor qualificação da mão-de-obra, mais inovação. Se o estado for
persistente e insistir em mais tecnologia, inovação e maior conhecimento, as dificuldades podem
não ser as mesmas.
Assim, Portugal poderá de certa forma aumentar a sua produtividade e
também diminuir a elevada taxa de desemprego uma vez que muitos desempregados
não têm qualificações para o tipo de trabalho que as empresas oferecem.
Marília Fernandes Rodrigues
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Marília Fernandes Rodrigues
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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