sábado, 18 de outubro de 2014

Qualificação e Produtividade

Portugal viveu anos em que a economia era práticamente fechada, onde os agentes económicos produziam para de seguida consumirem apenas o que produziam. Trabalhavam muitas horas seguidas, com remunerações baixas.
Depois da abertura ao comércio internacional, ou seja, sobretudo com a entrada na C.E.E., os agentes económicos lutaram por melhores condições de trabalho, redução nas horas laborais e aumentos salariais. Tudo isto foi conseguido depois de muito esforço e trabalho por parte dos políticos da época e dos agentes económicos com conhecimento. Mas, apesar desta luta, foram esquecendo que também era muito importante, posso dizer mesmo básico, a formação dos trabalhadores, uma vez que a especialização da mão-de-obra, até então, tinha sido baixa. Daí ser necessário investir na qualificação de mão-de-obra.
 Toda a economia cresceu de forma acelerada, tendo os politicos contribuído também fortemente para tal, falicitando o dia-à-dia dos agentes económicos com taxas de juro extramamente baixas, acesso ao crédito com facilidade, sem mais uma vez avaliarem as consequências futuras. É certo que se verificou maior investimento, melhor qualidade de vida, mas teremos que pagar a fatura no futuro . 
Com a existência de tanta turbulência na economia, chegou assim a crise financeira. Tantos empréstimos, tantos investimentos realizados sem fundamento, sem estudos aprofundados, ou seja, sem clareza, sem qualificações por parte do Estado e sem controlo. Tudo isto deu origem à palavra baixa produtividade em Portugal e a desemprego.
O Estado tem que ter uma maior intervenção na resolução deste enorme problema que tanto afeta os agentes económicos em Portugal. O estado tem de investir mais na qualificação de mão-de-obra. São necessários maior nivel de escolaridade, melhor qualificação da mão-de-obra, mais inovação. Se o estado for persistente e insistir em mais tecnologia, inovação  e maior conhecimento, as dificuldades podem não ser as mesmas.   
Assim, Portugal poderá de certa forma aumentar a sua produtividade e também diminuir a elevada taxa de desemprego uma vez que muitos desempregados não têm qualificações para o tipo de trabalho que as empresas oferecem.

Marília Fernandes Rodrigues

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]  

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