Portugal é um dos países mais bonitos da Europa. Esta frase é indiscutível, especialmente quando observamos as nossas ruas, praias ou serras e notamos uma presença constante de visitantes no nosso país.
O turismo tem vindo a ter um peso cada vez maior no nosso PIB, tendo uma contribuição directa de perto de 5% para o nosso produto. Mas as contribuições indirectas para a nossa economia, mais difíceis de calcular, poderão atingir valores ainda mais significativos.
Para a melhoria destes indicadores contribuiu a forte campanha lançada pelo Turismo de Portugal, com especial ênfase nas redes sociais. A tentativa de atração de população mais jovem, alterando completamente o público-alvo em relação às campanhas anteriores, e na promoção de espaços e actividades únicas, que realçam a beleza do nosso território trouxe milhares de pessoas ao nosso país.
Portugal continua a ser um dos países mais baratos para passar as férias, especialmente se compararmos com países europeus da bacia do Mediterrâneo, tal como Itália, França, Espanha ou Grécia. Aliás, os países do Mediterrâneo contribuem decisivamente para o nosso turismo: por exemplo, mais de 12% dos turistas espanhóis escolhem Portugal como o seu destino de férias, segundo dados do Eurostat.
Apesar de todos estes pontos positivos, Portugal tem como uma das suas grandes dificuldades a sazonalidade do turismo. Em Agosto de 2013, o número de dormidas de estrangeiros foi de mais de 6 milhões, mas em Dezembro desse ano foi de apenas 1,5 milhões. Esta incapacidade de atração de estrangeiros no Inverno continua a ser preocupante e muitas vezes enganadora na análise global do turismo em Portugal. Outro dos grandes problemas é a falta de financiamento para a construção de novas infraestruturas turísticas, o que leva muitas vezes a falhas de oferta de alojamento ou de lazer.
Para combater estas dificuldades, existem algumas medidas que poderiam ser tomadas, entre elas a aposta forte no turismo de Inverno (com especial ênfase na Serra da Estrela) e o apoio na construção e divulgação de novos espaços e eventos por parte do Estado português.
Concluindo, os desafios que se colocam ao turismo português são grandes mas, se ultrapassados, podem contribuir para uma grande melhoria do nosso Produto Interno Bruto e, consequentemente, da nossa economia.
Jorge Pereira
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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