A República da Crimeia é uma república autónoma situada na península da Crimeia, anexada em 2014 pela Federação Russa, apesar dessa anexação não ser reconhecida pela maioria dos estados-membros da ONU. Para esses países ela continua a fazer parte da Ucrânia, sendo controlada pela Federação Russa. A Crimeia faz parte da Ucrânia, apesar de nos últimos tempos esta ser uma afirmação muito questionada. Em Março de 2014, a Crimeia reclamou a sua independência da Ucrânia. Com isto surgiram os conflitos nos quais a Crimeia se aliou à Rússia, estando esta presente de perto e de longe, desde serem enviadas tropas russas para o terreno a fazerem manifestações no seu território a favor da Crimeia.
Com este envolvimento tão presente da Rússia, a União Europeia e países como os Estados Unidos da América, Austrália, Canadá e Noruega, aplicaram-lhe sanções (embargo económico) de forma a abalar o seu sistema financeiro. Após esta aplicação, a Rússia deixou de importar vários produtos destes países. Pelo menos até Agosto de 2015 as empresas dos 32 países (entre os quais se encontra Portugal) não venderão para o grande mercado russo.
A União Europeia exporta uma média de 10% para a Rússia do total exportado para todos os países. O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, disse “Espero que o pragmatismo económico dos nossos parceiros prevaleça sobre as más decisões politicas, e que eles comecem a pensar antes de tentarem assustar a Rússia com a imposição de restrições”, tentando que o seu discurso afectasse os interesses económicos europeus.
Em contrapartida, a Rússia, como forma de resposta ao embargo feito pelos outros países, proibiu a importação de produtos desses países, o que poderá pôr em risco muitos milhares de postos de trabalho, bem como causar graves prejuízos nas respectivas economias.
Um dos casos mais pragmáticos português é o da pêra rocha. No último escoamento para a Rússia, os produtores conseguiram exportar 6500 toneladas, mas o que mais os preocupa não é a quantidade que deixaram de exportar. Com esta imposição, Portugal foi forçado a procurar outros mercados para onde exportar mas, ao mesmo tempo, outros países também exportadores de pêra vão procurar outros compradores, o que vai fazer com que os preços vão diminuir. Portugal aposta nos mercados onde existem mais emigrantes portugueses, sendo estes grandes consumidores deste produto. Para além da procura de novos mercados, Portugal distribui esses produtos a famílias carenciadas e ao banco alimentar, através de uma aquisição via Bruxelas.
Prevê-se um embargo inicial dos produtos alimentares, depois o possível encerramento dos espaços aéreos norte-americanos e e europeus com ligação à Rússia e, posteriormente, medidas proteccionistas sobre a construção de aeronaves, navios, automóveis e outros sectores. Com este embargo, os países mais poderosos, principalmente os europeus, acabam por sair beneficiados com esta decisão porque entretanto os países mais pequenos vão tendo choques económicos que perturbam a sua economia, enquanto que os países maiores “esperam” que o conflito termine e as suas indústrias saiam intactas.
Inês Silva
Referências:
- Jornal “Público”
- Jornal “Diário de Notícias”
- Jornal “O Jornal Económico”
- Jornal “Económico”
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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