Escolher um curso com a
empregabilidade garantida é uma das preocupações dos jovens na fase das
candidaturas ao ensino superior.
Um estudo que teve a
participação de 47 empresas nacionais, realizado pelo Conselho Empresarial para
o Desenvolvimento Sustentável (BCSD), demonstrou quais são as 5 profissões mais
procuradas pelas empresas portuguesas num futuro próximo. Segundo o BCSD, entre
2017 e 2020, serão criados de 7,5 a 11,2 mil novos postos de trabalho.
O estudo revelou que as
profissões mais procuradas em Portugal, ou seja, as mais escassas da
atualidade, são das seguintes áreas: Engenharia Tecnológica, Ciências
Económicas, Operações e Logística, Comercial, Marketing Digital e Automação. São
áreas de estudo que estão em constante evolução e desenvolvimento.
Já se verifica uma
certa dinâmica por parte dos jovens para corresponder às necessidades do
mercado de trabalho: em 2015, cerca de 53,3% dos estudantes que se matricularam
no ensino superior frequentam as áreas de engenharia, comunicação social,
comércio ou matemática.
Segundo o estudo
realizado, 7 em cada 10 empresas afirmam que têm necessidade de contratar
profissionais de Marketing Digital. Num mundo globalizado, as redes socias,
motores de busca e marcas online
estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. São meios de comunicação não
só para entretenimento, mas também são “locais de encontro” entre a empresa e o
cliente. Desde o momento em que criamos conta em alguma rede social, passamos a
ser potencias clientes das empresas que estão a oferecer os seus serviços
através de uma infinidade de publicidade.
Ao mesmo tempo, as
empresas consideram que os alunos que acabam o ensino secundário ou o ensino
superior não estão bem preparados para as necessidades das empresas. Cerca de
50% das empresas do estudo de BCSD afirmam que o conhecimento final adquirido
no ensino superior é desajustado. As empresas, cada vez mais, se apercebem que
os recém-licenciados desconhecem a realidade de trabalho.
Hoje em dia não é
suficiente acabar um curso superior. Ao longo da sua formação, os alunos devem
adquirir competências que as entidades empregadoras consideram fundamentais
para o bom funcionamento das empresas, tais como: a capacidade de trabalhar em
equipa, liderança e criatividade, orientação para o cliente e para a obtenção
de resultados. Ou seja, as empresas procuram mais as competências
comportamentais do que as competências técnicas. “Sem estas competências, o
sucesso das empresas fica comprometido”, refere o relatório da conferência
“Competências críticas do capital humano até 2020”.
No entanto, a questão
que também foi salientada na conferência é que as empresas devem saber
identificar as suas principais necessidades de recursos humanos, tal como fazem
para as outras áreas, a fim de facilitar o recrutamento de novos colaboradores.
Neste sentido, o
Ministério de Educação e Ciência e o BCSD Portugal assinaram um protocolo que
tem como objetivo promover a proximidade entre as empresas e os
estabelecimentos de ensino, bem como levar as empresas a repensar a sua forma
de trabalho, para se adaptarem às alterações de mercado.
Marta
Dainovich
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e
Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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