Antigamente,
a ideia de alugar uma casa em outro país parecia demasiado irreal e complicada,
especialmente no que toca a destinos menos turísticos e cujo idioma é muito
diferente do nosso. Contudo, graças ao Airbnb, viajar pelo mundo tornou-se cada
vez mais fácil e acessível.
A gigantesca tendência para o
turismo em Portugal não é nenhuma excentricidade que choque a população em redor.
O clima agradável, a gastronomia e as cidades, como é o exemplo de Lisboa e do
Porto, que contêm variadas histórias, são apenas alguns dos motivos que tornam
o nosso país convidativo para pessoas de todo o mundo. Deste modo, seria improvável
supor que uma plataforma como o Airbnb não pudesse ser tão bem-sucedida no
nosso país como é atualmente.
Note-se que o Airbnb é uma
plataforma de hospedagens que foge da acomodação tradicional, e que visa revolucionar
a maneira como muitos portugueses reservam alojamento para os seus diversos
destinos. Há, portanto, o arrendamento de casas, de apartamentos ou até mesmo
de apenas um quarto extra na casa de alguém, isto é, uma ampla variedade para
todos os gostos e feitios, e sempre a preços muito acessíveis. Destaca-se assim
a principal vantagem: a possibilidade de economizar sem renunciar a uma boa
hospitalidade, visto que, como em qualquer outra viagem, a hospedagem é do que
mais pesa no orçamento do turista. (Recomenda-se reservas feitas com alguma
antecedência de modo a ter poder de escolha nas melhores opções, tanto em
termos de preços como de qualidade.)
Para além do preço, a utilização
do Airbnb permite não só ao viajante experienciar de forma única a cultura e o
ritmo dos habitantes locais como também desfrutar de acomodações tradicionais e
excecionais. No ano passado, cerca de 1 milhão de visitantes utilizou a
respetiva plataforma para a sua estadia em Portugal, duplicando os visitantes
do ano anterior, o que me parece um grande feito!
Consequentemente, este método de
hospedagem irá também impulsionar a economia local – com o incremento do setor
da construção civil, da indústria, do vestuário e da alimentação. Há também a
existência de casos mais extremos: famílias que sofrem dificuldades financeiras
ou até mesmo que se encontram desempregadas e que podem vir a beneficiar do
Airbnb no combate à pobreza.
E de entre tantas qualidades,
ainda o que mais me cativa é o facto de a confiança ser a base deste projeto. No
mundo que conhecemos, é normal que as pessoas sintam receio tanto em receber um
hóspede desconhecido em sua casa, como em se deslocar para a casa de um
anfitrião que nunca antes viram. Contudo, o Airbnb é conhecido por uma
verificação séria do cadastro dos novos usuários (como envio de fotos,
endereço, etc.) e que permite um registo de críticas muito útil para o bom
funcionamento da acomodação.
Em contrapartida, este tipo de
sistema desagrada ao setor hoteleiro, alegando que a respetiva concorrência é
desleal – o que já era esperado. Infelizmente, o rápido crescimento do mercado
de Airbnb só foi possível porque desafiou algumas leis e regulamentações
relacionadas com a hospedagem, como por exemplo regras sanitárias e de
segurança, acentuando ainda o facto de que esta não pode ser assegurada a 100%.
Bruna
Ferreira
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e
Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário