O Relatório do Mecanismo de Alerta da União Europeia atribui a Portugal
uma situação macroeconómica que exige um tratamento especial. O nível de dívida
externa português está em patamares muito elevados e tal é a consequência da
elevada concentração de dívida em diferentes setores, tanto públicos como
privados.
Portugal tem um potencial de crescimento muito baixo o que está a
compremeter a capacidade de desalavancagem da economia portuguesa. A rigidez
nos mercados de serviços, trabalho e produtos representam grandes obstáculos ao
progresso da atividade económica.
Apesar de Portugal ter conseguido mudar a tendência da balança
corrente, passando de deficitária para excedentária, o endividamento externo
permanece muito elevado, o que constitui um fator de vulnerabilidade para a
economia nacional.
Outro factor a considerar é a melhoria do mercado de trabalho entre
2014 e 2015 mas, por outro lado, o elevado número de desempregados de longa
duração constitui um grande desafio para os governantes portugueses.
Um ponto relacionado com a população é os indicadores de pobreza e
exclusão social, o que constitui um entrave desde o inicio da crise.
Em Portugal é necessário fazer com que o investimento aumente
substancialmente, pois registou uma forte queda durante a crise económica.
Desde 2009, o investimento em Portugal baixou demasiado, mais do que a média da
EU, devido ao declínio do investimento em habitação e, por outro lado, da queda
do investimento feito pelas empresas devido ao forte endividamento destas.
Assim, a política económica e social da UE em 2016 recomenda três
prioridades tanto para Portugal como para os outros Estados-Membros, que são:
relançar o investimento, prosseguir as reformas estruturais para modernizar a
economia e assegurar políticas orçamentais responsáveis.
Leonel Filipe Razão Peixoto
[artigo de
opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e
Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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