Portugal
tornou-se uma economia baseada em serviços diversificados e cada vez mais desde
a adesão à Comunidade Europeia. Durante as duas décadas seguintes os sucessivos
governos privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram
áreas-chave da economia, incluindo os setores financeiro e de telecomunicações.
O país se classificou para a União Económica e Monetária (UEM) em 1998 e
começou a circular o euro em 1 de janeiro de 2002, juntamente com outros 11
membros da UE. A economia cresceu mais do que a média da UE durante grande
parte da década de 1990, mas a taxa de crescimento desacelerou em 2001-08. A
economia contraiu 2,5 % em 2009, antes de crescer 1,4% em 2010, mas o PIB caiu
novamente em 2011 e 2012, quando o governo começou a implementar cortes de
gastos e aumentos de impostos para satisfazer as condições de um pacote de resgate
financeiro da UE e do FMI, acordado em Maio de 2011.
Portugal tem
sido cada vez mais ofuscado pelos produtores de baixo custo na Europa Central e
na Ásia como destino de investimento directo estrangeiro em parte porque o seu
mercado de trabalho rígido impediu uma maior produtividade e crescimento. O governo
reduziu o défice orçamental de 10,1% do PIB em 2009 para 4,5% em 2011, um feito
tornado possível apenas pelas receitas extraordinárias obtidas a partir da
transferência de uma só vez dos fundos de pensões dos bancos para o sistema de
segurança social.
De acordado com os dados do Banco de
Portugal, em 2012, as exportações Portuguesas de bens e serviços subiram para
64,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 3,8% comparado com o
ano de 2011, e constitui o melhor registo desde 1996. Isso significa a passagem
de um défice comercial de 6,5 mil milhões em 2011c para um superavit de
111 milhões de euros no ano passado.
Uma dos razões é porque as exportações portuguesas de bens e
serviços para a União Europeia foram de 69,4%, o que significa que, no total
cresceram -0,8%, enquanto as vendas para países terceiros, que representaram 30,6%,
aumentaram 16,2%, o que é uma subida significativo.
A Espanha foi o
principal cliente de Portugal, com uma quota de 19,4% nas exportações totais de
bens e serviços, seguindo-se França, Alemanha e Reino Unido, com quotas de
12,4%, 11,4% e 8,1%, respetivamente. Angola e EUA foram os principais clientes
extracomunitários, com 6,7% e 4,5%, pela mesma ordem.
As rubricas “Viagens
e Turismo” e “Máquinas e Aparelhos” constituíram as principais fontes de
receitas, com 13,3% e 10,6% do total, respetivamente, seguidas dos “Veículos e
Outro Material de Transporte” e “Transportes”, com 8,3% e 8,2% do total,
respetivamente. No entanto, a rubrica “Combustíveis Minerais” (6,0% do total;
tvh 24,9%), foi a que mais contribuiu para o crescimento das exportações
globais (1,2 pontos percentuais, equivalente a 32,2% do crescimento total).Em termos de bens, isso representou
70,4% das nossas exportações totais e um crescimento homólogo de 5,7%, enquanto
os serviços registaram 29,6% das vendas totais ao exterior, observando uma
variação homóloga de -0,3%.
Assim sendo,
podemos observar que as exportações de Portugal estão a ter um aumento deste
2009, o que para situação do país é significativo. Também não podemos esquecer
o facto de Portugal ter tido um aumento de exportações para resto do mundo, o
que, numa perspetiva de futuro, assumindo a manutenção da tendência agora
esboalada em matéria de exportações, vai ser uma grande ajuda para o
reposicionamento competitivo do país.
Milad
Tabaraki
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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