domingo, 24 de novembro de 2013

Greve…

Greve é a interrupção voluntária e coletiva de atividades ou funções, por parte de trabalhadores, como forma de protesto ou reivindicação. Esta é a definição que a maioria dos dicionários nos mostra se procurarmos o seu significado.
A verdade é que a greve é a forma mais eficaz que os trabalhadores têm para mostrar o seu desagrado com as regas e medidas patronais, visto serem os trabalhadores que possibilitam a produtividade da empresa.
Ora, no passado dia 8 de novembro, Portugal sentiu mais uma vez as consequências da greve: as unidades de saúde, e a recolha de lixo foram os sectores mais afetados, com adesão de 70% a 100%. Escolas fecharam, urgências e hospitais ficaram caóticos. Mais uma vez, os portugueses mostraram o seu desagrado com as medidas políticas que estão a ser tomadas, e com a crescente austeridade que o orçamento de estado para 2014 prevê, com novos cortes salariais para a função pública. 
Greve é, provavelmente, a forma mais eficaz da população mostrar o seu desagrado com as medidas que estão a ser tomadas, visto que é o país que decide as regras sobre as quais a população vive, mas é a população que forma o país, logo, se esta decidir protestar contra as medidas que estão a ser tomadas, o impacto sobre o país pode ser caótico, o que se verificou, sendo a expressão “meio-gás” utilizada para descrever o passado dia 8 de novembro.
A verdade é que Portugal encontra-se numa situação frágil, e paralisações contínuas representam quebras na produção, população revoltada, e o governo de coligação com a oposição socialista muito intensa mostra instabilidade politica, e uma imagem externa de Portugal não muito favorável aos mercados. 
Os portugueses mostraram a sua indignação, no entanto, apesar da greve, e do impacto que esta teve na produtividade do país, não se prevê que o governo vá alterar as políticas. Contudo, a CGTP e a UGT vão continuar na luta pelos direitos dos trabalhadores.

Sandra Ribeiro

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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