Hoje, em Portugal, um dos temas mais falados e com mais impacto no país
é a greve que se instalou por parte dos Enfermeiros. Esta é liderada pelo
dirigente sindical José Azevedo, presidente da Federação Nacional dos
Sindicatos de Enfermagem, que engloba o Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato
Independente dos Profissionais de Enfermagem e, por José Carlos Martins,
presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Primeiramente, o Sindicato dos Enfermeiros, foi fundado no dia 8 de
junho de 1934 e era constituído por cinco enfermeiros, que à data, criaram e
defenderam as linhas e as diretrizes que haviam de perdurar até aos dias de
hoje. A sua criação teve como principal objetivo a dignificação da Enfermagem,
que era um problema recorrente àquela época, uma vez que a população recorria a
outras formas de curandeirismo e a situações menos recomendáveis, o que
constituía um atentado ao perfil que se pretendia criar de um enfermeiro.
Depois de muitas conquistas e superação, nos dias de hoje, a luta
continua! A greve é um direito de todos os trabalhadores e tem como propósito
forçar o patronato a ouvir as reivindicações dos cidadãos. Os principais
protestos dos Enfermeiros e os temas abordados na reunião com o Ministério da
Saúde são o aumento das remunerações e a reimplantação das 35 horas de trabalho
semanal.
É completamente impensável que nos dias de hoje a classe a que pertencem
os Enfermeiros continue a ser tão discriminada e considerada inferior e
secundária, comparativamente, por exemplo, aos médicos, nomeadamente nos
salários. Os médicos são 14% dos funcionários do ministério e ganham 87% da
massa salarial total. Os Enfermeiros são 33% e, junto com os outros
profissionais, recebem os outros 13%.
Qual é a justificação para existir tamanha discrepância? Não existe alguma justificação. Apenas
existem os factos, e os factos dizem-nos que um médico assistente começa com um
vencimento de 2.746 euros, enquanto que os enfermeiros têm atualmente um
salário base de 1.200 euros brutos.
Todo este processo não tem como objetivo fazer com que os Enfermeiros
ganhem mais que os médicos, mas sim que comecem a ganhar o que merecem, e pelo
que trabalharam toda a sua vida. Isto influencia em tudo a Economia Portuguesa
mas, na minha opinião, estando assente em todas as informações que retirei, sim
vale a pena!
Maria Inês Dias Pinto
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-09-29-Sindicato-dos-Enfermeiros-adia-entrega-do-pre-aviso-de-greve
http://www.sindicatodosenfermeiros.pt/index.php/o-sindicato/historia
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/sindicato-dos-enfermeiros-greve-em-suspenso-ate-quarta-feira-214787
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia
Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário