sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Portugal além-fronteiras

         No passado fim-de-semana Portugal foi eleito, pela primeira vez, o melhor destino Europeu dos World Travel Awards, os “Óscares” do Turismo.
         Os World Travel Awards, criados em 1993, consistem numa gala onde são atribuídos os mais prestigiados prémios de turismo. Portugal competiu com países como a Áustria, Reino Unido, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Turquia, sagrando-se vitorioso não apenas na categoria de melhor destino Europeu, pois foi o país que recebeu o maior número de prémios, 30% do total. Comparativamente ao ano anterior, Portugal conquistou mais 13 “Óscares”, o que revela que o turismo nacional continua em ascensão.
         São inúmeros os motivos que fazem de Portugal um país tão distinto. A gastronomia, o clima e o povo português continuam a ser os ingredientes que mais entusiasmam os turistas. Para Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, o sucesso que hoje se verifica no setor deve-se a todos aqueles que diariamente se esforçam para garantir e fazer persistir a competitividade a nível nacional/internacional. Acrescenta, ainda, que “Este é, sem dúvida, também um reconhecimento da nossa estratégia turística e dos bons resultados que, ano após ano, o setor tem vindo a alcançar”.
         Desde 2014 que os resultados provenientes da atividade turística começaram a ganhar outras proporções, em resultado da inovação das estratégias aplicadas na promoção do mesmo. Através da imagem, é percetível a influência que o turismo exerce no alojamento e na restauração. O dinamismo vivido faz com que o número de empresas a vigorar no mercado de trabalho aumente e, consequentemente, faça expandir o número de emprego criado. Segundo a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o emprego no turismo conta, em 2017, com um crescimento de cerca de 16%. Traduzindo esta percentagem em valores, nos últimos 18 meses foram gerados 60 mil postos de trabalho.
Apesar de todo o desenvolvimento que tem acontecido no turismo português desde há 3 anos consecutivos, existe agora um obstáculo que pode dificultar a prosperidade do mesmo: escassez de recursos humanos e de políticas que promovam a competitividade. Nesse sentido, foi solicitado à PwC que pensasse num conjunto de medidas com o objetivo de garantir a estabilidade futura do setor. Estas dizem respeito a “Recursos humanos”, “Ministério do Turismo”, “Qualidade de vida”, “Consolidar empresas”, “Investir em promoção”, “Estimular sustentabilidade”, “Facilitar a mobilidade”, “Melhorar a informação”, e “Taxas e taxinhas”.



Diana Esteves Antunes


[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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