Parece haver uma
alteração no que diz respeito à vontade do povo de se manifestar contra a
independência da Catalunha, sendo que milhares de pessoas se dirigiram a
Barcelona para mostrar que, para além de se tratar de uma grande instabilidade
económica, fala-se também, e de forma mais vincada, de um impacto simbólico.
Já se contam 15 empresas
que anunciaram a alteração da sua sede para fora da Catalunha, sendo que nos
dias que se sucedem, esta previsão pode piorar no caso de o Parlamento fazer
uma declaração unilateral de independência. Empresas como o CaixaBank e o Banco
Sabadell encontram-se nesta situação e há ainda a hipótese de, outras empresas
que também pretendem sair da Catalunha, aproveitarem o decreto-lei que foi
aprovado na sexta feira pelo Governo e que permite simplificar este processo às
empresas sem que exista a necessidade de realizar anteriormente uma reunião de
acionistas.
Toda esta incerteza no ar
causada pela independência catalã, gerou um “alarido” nas grandes empresas
desta região, que escolheram sediá-las noutras cidades espanholas, de forma a
resguardar os interesses dos seus acionistas, funcionários e clientes, passando
assim a mensagem aos mercados de tranquilidade.
No meio de todas estas empresas
que aparecem na lista que tende a não findar, aparece, por exemplo, o Sabadell,
que oficializou a sua decisão na quinta-feira, e na sexta-feira foi seguido
pelo principal banco da Catalunha e um dos mais importantes do país, o
CaixaBank, juntamente com o Santander e o BBVA. A empresa de energia Gas
Natural Fenosa vai também mudar a sua sede por tempo indeterminado, até que a
tensão política da região Catalã diminua.
Carles Puigdemont, chefe
do governo da Catalunha, pediu para comparecer no parlamento regional na
próxima terça-feira, 10 de outubro, atrasando em um dia as explicações à
assembleia sobre os passos que espera dar depois do referendo de
autodeterminação.
Em jeito de conclusão, é
importante referir que as empresas pensam sempre naquilo que é positivo e
benéfico para elas e, ao longo de todo este processo de independência, estas tentarão
fugir de toda a instabilidade inerente, de forma a não serem afetadas ou, no
máximo, serem afetadas o mínimo possível.
Miguel
Vasconcelos
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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