Produtividade
é a relação entre os meios, recursos utilizados, e a produção final, isto é,
quanto maior for a relação entre a quantidade produzida pelos fatores de
produção maior é a produtividade. Produtividade não é apenas trabalho, é
trabalho com eficiência e eficácia.
Como
sabemos Portugal destaca-se (negativamente) pela sua fraca produtividade,
tornando-se difícil assemelharmo-nos a grandes economias.
A questão que nos surge é se somos realmente
‘’mais fracos’’ e se não temos a mesma capacidade de produzir que outros
países. A resposta é NÃO. De facto, o Luxemburgo tem alta produtividade e no
entanto cerca de 20% da mão-de-obra é de origem portuguesa (como podemos ver
pela notícia abaixo). De facto, portugueses a trabalhar com portugueses não dá
bom resultado de todo, não há organização, planeamento ou disciplina em muitos
postos de trabalho, além de que a nossa tecnologia não se encontra totalmente
desenvolvida quando comparada com a de outros países.
Em
setores industriais, produtividade é fruto da repetição da atividade e pode ser
melhorada sempre que o nível de tecnologia aumenta. Quanto aos restantes
serviços (que não industriais), que representam mais de 50% trabalhadores, é
difícil melhorar apenas com o desenvolvimento da tecnologia pois é necessário
que a mudança parta de nós, isto é, foco, racionalidade e bom poder de decisão.
Adam
Smith explicou há 250 anos que a diferença de riqueza entre os países se devia
ao interesse próprio do empreendedor em aumentar a sua riqueza, à
especialização dos trabalhadores e a instituições estáveis, como os direitos de
propriedade. Todas contribuem para uma afetação de recursos mais produtiva. As
economias evoluíram desde essa altura e são hoje mais complexas, pelo que
outros fatores são importantes: inovação nos processos e produtos, adequada
qualificação de empresários, gestores e trabalhadores com mais educação.
Mas
porquê falar de produtividade? Afinal a nossa produtividade poderia ser baixa e
tendo em conta que somos um país pequeno não haveria nada a refletir sobre o
assunto pois as proporções falariam por si. No entanto, eis que surge a relação
entre produtividade e qualidade de vida: nós ambicionamos um nível de vida como
os países mais desenvolvidos e é por isso que queremos aumentar cada vez mais a
nossa produtividade e tirar maior proveito dos recursos que dispomos. Esta é
uma grande meta que queremos atingir - ter aumentos anuais da produtividade
iguais ou superiores às economias mais desenvolvidas. Enquanto isso não ocorre
não seremos um país com poder de compra e com boa qualidade de vida.
Uma
das chaves para este problema seria a constituição de um conselho de
produtividade independente, que avalie de uma forma transparente as políticas
implementadas. Isso conselho permitiria dar conhecimento aos portugueses dos
benefícios das mesmas e ultrapassar a oposição. Num âmbito mais pessoal, também
há algumas soluções recorrentes que podemos praticar para aumentar a nossa
produtividade: delinear o dia de amanhã, cumprir tarefas e ter sentido de
responsabilidade, evitar procrastinação e ter sentido de rapidez. Todos estes
atos beneficiam quer o próprio quer aqueles que o rodeiam, e Portugal agradece
o contributo.
Débora
Ribeiro Maravilha
Fontes:
http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2017-03-28-O-eterno-problema-da-Produtividade
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário