Já todos ouvimos falar,
pelo menos uma dezena de vezes, da palavra “Brexit”. E uma das consequências do
fenómeno da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) é a relocalização da
sede da Agência Europeia do Medicamento (AEM) que até agora estivera localizada
na sua capital, Londres. No processo de relocalização encontram-se 19 cidades a
concurso e uma delas é o Porto, que representa Portugal, competindo com cidades
como Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste,
Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Estocolmo, Viena,
Varsóvia e Zagreb.
A grande questão será:
terá o Porto todas as caraterísticas essenciais capazes de superar as 18
restantes cidades no concurso? As cidades propostas serão avaliadas segundo
critérios como as condições dos seus espaços, a sua acessibilidade, a oferta
educativa da área, as condições de trabalho, de segurança social e de
assistência médica, e também, a continuidade da operacionalidade da agência e o
número de agências europeias existentes em cada país.
Relativamente aos
pontos de avaliação a que as cidades são submetidas, o Porto preenche todos os
requisitos. No entanto, tem algumas carências nesses mesmos requisitos se
comparado com outras cidades, como Copenhaga e Amesterdão, estando
desfavorecido principalmente no número de agências europeias descentralizadas que
Portugal possui - o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência; e a
Agência Europeia da Segurança Marítima.
No caso de o Porto ser
a cidade escolhida para a futura sede da AEM, é de conhecimento geral que tal trará
muitas vantagens não só para a cidade como para todo o país, levando a uma
valorização da investigação e das ciências médicas, sendo o setor farmacêutico
o mais beneficiado. O país e a cidade beneficiarão também do aumento do número
de postos de trabalho, assim como do aumento do comércio. Porém, serão necessárias
alterações na cidade para que não prejudique os atuais trabalhadores da AEM na
reestabilização das suas vidas em Portugal e permita que o funcionamento da
agência não seja posto em causa.
Apesar de todos os
aspetos positivos, o Porto não se encontra nas cidades favoritas para a
relocalização da Agência. Contudo, até final de novembro, aquando da decisão da
Comissão Europeia, mantem-se a questão: “Será o Porto o destino predileto para
a nova sede da Agência Europeia do Medicamento?”
Marisa
Liliana Araújo Bertoluci Brito
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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