Na segunda-feira,
a Monarch deixou de operar, deixando em terra cerca de 110 mil passageiros e
anulando 300 mil reservas já realizadas. E quais as consequências disso?
Começando pelo
Algarve, onde no aeroporto de Faro esta companhia era a terceira maior que
operava, com uma quota de 7,5%, a sua falência, ao que se estima, terá um
impacto de 5% nas taxas de ocupação da região. Isto implica um prejuízo direto
de seis a sete milhões de euros que dizem respeito a estadias já efetuadas nos
meses de agosto e setembro e que, embora já tenham sido pagas pelo cliente ao
operador, este ainda não os liquidou junto as unidades hoteleiras, tornando o
valor irrecuperável. Atendendo ao número de reservas já feitas, isto implica
para o Algarve um prejuízo global de 36 milhões de euros.
Com vista a
contornar a situação, estão a ser procuradas alternativas para que outras
companhias possam captar os passageiros da Monarch, de forma a que os mesmos
continuem a poder viajar para a região, o que na minha opinião, poderá num
futuro próximo ser benéfico para os passageiros na medida em que uma
‘’batalha’’ para disputar turistas trará novas e melhores ofertas por parte das
companhias.
A EasyJet, por
exemplo, já agiu ao celebrar um protocolo de colaboração com a ANAC (Autoridade
Nacional da Aviação Civil), com o objetivo de trazer todos os passageiros
portugueses afetados pela situação que se encontrassem no Reino Unido a 2 de
outubro de 2017 e com viagem de regresso marcada até 15 de outubro do mesmo
ano.
No que toca aos
trabalhadores da Monarch, a EasyJet anunciou estar solidária com os mesmos,
dando-lhes um incentivo a concorrerem às vagas que estão por preencher na
empresa. De notar que a empresa tem 500 lugares ainda disponíveis, e acredita
que a equipa Monarch será um excelente complemento para a equipa EasyJet. E
quem é que não gosta de juntar o útil ao agradável e aproveitar o melhor de
duas companhias?
Daniela Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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