Nos
últimos anos, Braga tem vindo a afirmar a sua posição no território nacional no
que diz respeito, mais especificamente, à área dos negócios. Esta cidade do
norte do país tem-se valido, principalmente, da sua população jovem e
empreendedora e das suas áreas de saber, de onde se destaca o INL (Laboratório
Ibérico Internacional de Nanotecnologia) e, com mais destaque, a Universidade
do Minho.
Aliando
o saber e o “know how” proporcionado por estas instituições à competência e
talento da população, tem sido possível atrair investimento para a cidade, de
onde se destacam a Bosch, Fujitsu e a WeDo. Citando o pró-reitor da
Universidade do Minho, em declarações ao ECO, “em Braga, faz-se muito bem a
articulação entre o meio empresarial, a Universidade e todos os outros centros
de desenvolvimento importantes que habitam na cidade. No fundo, a cidade tem
sabido aproveitar a ligação entre Universidades, empresas e Estado ou políticas
públicas.”
A
Bosch (que registou no ano transato uma faturação que ultrapassou os mil
milhões de euros), por exemplo, passou de produzir bens muito simples, com
baixo valor acrescentado e que continham baixa incorporação de produtos
portugueses, para um cenário onde certos produtos já são pensados, desenhados e
executados em Portugal, mais precisamente em Braga. Fernando Alexandre fala,
mesmo, numa mudança de “made in Portugal
para invented in Portugal”.
Esta
aposta de empresas multinacionais, como as supracitadas, tem como consequências
salários mais elevados, fixação dos quadros em Portugal e, principalmente, a
dinamização da economia local.
O
investimento direto fez com que Braga, nos últimos anos, tenha entrado para o
top 10 das cidades que mais exportam em Portugal. Citando o jornal online ECO numa entrevista feita a
Carlos Oliveira, “duas multinacionais que estão sediadas em Braga exportam mais
de mil milhões: a Delphi e a Bosch”. Em 2016, ficou mesmo à frente de cidades
como o Porto e Oeiras, registando um valor de exportações de 1.112 mil milhões
de euros, dados do Pordata.
Em
suma, as capacidades e habilidades da população, aliadas ao bom serviço
prestado pelas instituições de saber, têm sido a receita para o sucesso.
António Cardoso
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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