Pode-se
dizer que os trabalhadores-estudantes estão entre aquelas pessoas que têm vontade
de estudar e alcançar um futuro melhor, que, apesar da escassez de tempo e
recursos, e, neste caso, se envolvem no ensino superior perseguindo esse desejo
enorme.
No
entanto, parece que o seu esforço é em vão, pois está previsto que venham a ser
sujeitos a novos encargos financeiros. Todos os trabalhadores-estudantes, do
ensino secundário, superior ou pós-secundário não superior, com contrato de
trabalho devem entregar 10% dos seus rendimentos ao Estado, assim o diz a
proposta do Orçamento de Estado para 2018.
Na
apresentação do Orçamento de estado, esta medida enquadra-se no apoio aos
jovens, como se vê na imagem acima. No entanto, a meu ver, de apoio esta medida
não tem nada. É uma medida que desincentiva a conciliação do trabalho com os
estudos, que desmotiva o esforço feito por estas pessoas incríveis que dão tudo
o que podem e conseguem na sua rotina diária. Acredito que esta medida será um
marco no que toca à quantidade de trabalhadores-estudantes, um número que creio
que vá diminuir significativamente.
Não
se deve esquecer que há alunos do ensino público a trabalharem para não
sobrecarregar financeiramente os seus encarregados de educação. Estes alunos
irão ser taxados sobre o seu rendimento, o que, para além de ser absurdo, é
tirar o intuito a tais empregos.
Se
falarmos de um aluno que ganha 600€, tem de pagar o aluguer do quarto e as
contas da sua segunda casa, em média, isto será cerca de 300€. Juntando agora
as viagens a casa e a alimentação, que estima-se ser cerca de 200€,
acrescentando outras despesas ocasionais e gastos relativos aos estudos, pouco
sobra, mas no fim de contas, ainda terá de juntar 60€ para o IRS.
Jéssica
Costa
P.S.:
De notar que os preços médios dependem da cidade de residência e da
universidade escolhida
(http://www.comumonline.com/?p=230979)
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
1 comentário:
Cara Jessica,
A retenção na fontte é um pagamento antecipado do imposto a calculado no final do período e só é feito quando o adquirente do Serviço é SP. O facto de fazer retenção permite em regra ter um valor de imposto inferior a final e pode encorajar os jovens a ter uma atividade profissional enquanto trabalham sem fazer com que os seus pais tenham mais imposto a pagar no final do ano.
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