Criptomoedas
é provavelmente um dos assuntos mais polêmicos no mundo financeiro ao redor do
globo e também o que tem o maior potencial de revolucionar o modo como nos
relacionamos financeiramente. Neste trabalho, irei apresentar um pouco sobre o
que são as criptomoedas, como elas funcionam e como são implementadas na
economia portuguesa. Porém, apresentar o que são criptomoedas para qualquer um
é impossível fazê-lo sem explicar um pouco como alguns nomes foram cruciais
para o crescimento um tanto repentino destas novas moedas e, também, como
existem muitas moedas virtuais hoje em dia, focar-nos-emos em apenas duas, por
enquanto, o Bitcoin e o Ethereum.
Para
explicar como as criptomoedas primeiramente existem e como elas funcionam,
apesar de não terem um órgão centralizado como os governos, que têm o seu banco
central, temos que explicar o que é o Blockchain.
Blockchain
é na verdade o fator realmente inovador nesta tão chamada “nova revolução
monetária” e é um sistema usado por cada uma destas novas moedas para
efetivamente produzi-las, registrar as suas transações, verificar a
autenticidade de cada moeda em circulação e preservar a identidade de cada
pessoa que utiliza este serviço. A definição do que o Blockchain faz em seu âmago requer uma explicação extremamente
técnica pois envolve muitas operações nos níveis mais altos de criptografia,
logo iremos simplificar e como o Bitcoin
é hoje inquestionavelmente a maior moeda virtual do mundo, tomaremos por
exemplo o seu Blockchain, que é, com
algumas exceções, basicamente igual ao das outras moedas, como, por exemplo, o Ethereum, que usa o seu Blockchain para emitir contratos em que
o usuário está sujeito a concordar ao fazer uma compra ou venda com Ethereum.
Como
a tradução literal refere, o Blockchain
é uma “corrente de blocos” em que em cada bloco ficam guardados as informações
de todas as transações, todos os Bitcoins
de cada pessoa e as informações pessoais de cada um destes usuários. Cada um
destes blocos é guardado pelos mais altos níveis de criptografia e é guardado em
cima do outro, o que faz ser impossível ser invadido pois, para roubar
informações de um bloco, uma pessoa teria de solucionar os os blocos em cima, e,
por fim, estas informações guardadas nos blocos são reunidas no chamado “Open
Ledger”, que não é nada mais do que um instrumento de contabilidade do Blockchain que mostra quanto dinheiro
cada pessoa possui. Basicamente é igual a um balanço contábil de uma empresa.
Agora que já conhecemos um pouco sobre as
Criptomoedas, veremos como elas estão presentes na economia portuguesa.
A
utilidade das Criptomoedas vem crescendo em Portugal gradativamente, sendo
possível hoje em dia comprar produtos como perfumes, bicicletas, malas,
reservas em hotéis e até contratar advogados por meio de moedas como Bitcoin e Gdax, como é o exemplo a Casa Campos, em Sátão, que passou a
aceitar Criptomoedas como forma de pagamento.
Indo
um pouco mais além, hoje em Portugal existem empresas que pagam salário aos
seus funcionários em Bitcoin. Será
isto legal? A questão foi levantada a uma Startup
que costumava ter sua sede em Lisboa e que, curiosamente, pagava um bónus
salarial a uma de suas funcionárias. Porém, como estamos a falar de um bônus,
esta transação não é enquadrada legalmente, isto é, não vai além de um contrato
entre as duas partes envolvidas.
No
início de 2018 tivemos a criação da Criptomoeda Appcoins, criada pela startup
portuguesa Aptoide, e em apenas
24 horas de transação passou a ser uma das 50 criptomoedas mais valiosas do
mundo, com um valor de mercado superior a 800 milhões de dólares e com o valor
unitário de 3,80 USD. As suas primeiras moedas foram vendidas no Web Summit e eram vendidas a 0,10 USD,
quantificando o ganho dos investidores iniciais em 3.700%.
O
câmbio da Appcoins é feito pelo valor
do Ethereum que foi mencionado como
exemplo no início, dependendo de tal é possível quantificar em dólares o valor
da Appcoins e a moeda é utilizada
para cortar intermediários no mercado de compra e venda de aplicações como
parte do projeto da Aptoide de
engrandecer o mercado das aplicações, que hoje é a terceira maior loja de
aplicações do mundo, a seguir à App Store
da Apple e à Play Store do Android.
Lucas Nogueira
de Almeida
Bibliografia:
“Banking on Bitcoin” – Netflix
https://eco.pt/reportagem/ja-se-pagam-salarios-com-bitcoin-e-legal-em-portugal/
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
1 comentário:
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