Após
uma disputa com cidades como Madrid, Berlim, Valência, Londres e Paris, o
governo português anunciou que a Web
Summit, a maior conferência de empreendedorismo, tecnologia e inovação do
mundo, vai continuar a ser organizada em Lisboa nos próximos 10 anos.
Este
evento, nascido na Irlanda, reúne CEOs e fundadores de Start-ups tecnológicas de todo o mundo, bem como personalidades de
outras áreas, contando com uma série de conferências e workshops onde são debatidos temas tecnológicos atuais, como, por
exemplo, a inteligência artificial, a condução autónoma e a realidade virtual.
Na sua última edição, em 2017, a Web
Summit juntou em Lisboa cerca de 60 000 pessoas de 170 países,
incluindo 1200 oradores e 1300 investidores, tendo sido gerados cerca de 300
milhões de euros só em serviços como hotelaria e transportes, entre outros.
Esta
parceria acordada acarreta um grande investimento para Portugal, que irá pagar
à organização irlandesa 11 milhões de euros por ano para manter o evento e
procederá a uma expansão das instalações, sendo, contudo, um projeto com grande
probabilidade de sucesso dado que o evento irá trazer a Lisboa milhares de pessoas
de todo o mundo e, sobretudo, atrairá grandes investidores, capazes de criar
emprego e de gerar receita para o país.
Esta
grande determinação do governo português em acolher a Web Summit demonstra um claro sinal de mudança no país. Há uma
projeção definitiva para que Portugal se torne numa referência internacional em
inovação e empreendedorismo, capaz de chamar à atenção de “gigantes”, existindo
já algumas empresas deste tipo a operar no nosso país, como a Google, a Bosch,
a Mercedes-Benz ou a BMW.
Em
suma, podemos considerar que este acordo com a Web Summit muda a imagem de Portugal, não apenas para o exterior
como também para os portugueses, existindo uma maior confiança no futuro do
país e naquilo que este poderá trazer às novas gerações, depois de tempos
recentes em que muitos jovens qualificados eram, praticamente, obrigados a abandonar
o país em busca de uma vida melhor.
André Azevedo Peixoto
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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