terça-feira, 9 de outubro de 2018

O que será o futuro dos jovens?

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), “em julho de 2018, a taxa de desemprego situou-se em 6,8%, igual à do mês anterior, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação a três meses antes e menos 2,1 p.p. que no mesmo mês de 2017. Desde setembro de 2002 que não era observada uma taxa de desemprego tão baixa como as de junho e julho de 2018”.
Apesar da taxa de desemprego jovem ter diminuído em Portugal, esta continua a ser uma das mais elevadas da União Europeia (18,6% em julho de 2018).
O desemprego jovem em Portugal pode ser explicado pela desadequação entre a formação e as necessidades das empresas, a retoma do emprego em setores que não valorizam as qualificações mais elevadas (setores que oferecem baixos salários e precariedade, não tendo em conta a formação e qualificações dos trabalhadores) e/ou pela reformulação dos estágios apoiados pelo Estado.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a redução do desemprego jovem na zona euro deve-se, sobretudo, ao facto de os jovens simplesmente saírem do mercado de trabalho.
São várias as razões que explicam a diminuição da população ativa jovem. Uma delas é o aumento da idade da reforma, que fez com que houvesse menos jovens a entrar no mercado de trabalho. Para além disto, houve uma diminuição da emigração para os países europeus devido à crise económica sentida na zona euro. Por outro lado, os jovens apostam cada vez mais na sua formação, dado que as empresas procuram trabalhadores altamente qualificados, o que faz com que estes entrem no mercado de trabalho muito mais tarde.
No ano passado, 15,2% dos jovens que viviam em Portugal eram “nem-nem” (expressão que designa aqueles que deixaram de estudar, mas que também não estão a trabalhar). Segundo o relatório "Education at a Glance 2018", um em cada sete jovens adultos não estuda nem trabalha. Portugal encontra-se em 10º lugar numa lista de 31 países da OCDE.
Em suma, é necessário tomar medidas para que os jovens permanecem em Portugal de forma a desenvolver o país, que apostem ainda mais na sua formação e para que consigam ter estabilidade.

Adriana Sofia Alves Ferreira

Bibliografia:
·        Observador
·        INE
·        RTP Noticias
·        Economia online
·        Público

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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