De acordo com o Instituto
Nacional de Estatística (INE), “em julho de 2018, a taxa de desemprego
situou-se em 6,8%, igual à do mês anterior, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.)
em relação a três meses antes e menos 2,1 p.p. que no mesmo mês de 2017. Desde setembro de 2002 que não era observada
uma taxa de desemprego tão baixa como as de junho e julho de 2018”.
Apesar da taxa de
desemprego jovem ter diminuído em Portugal, esta continua a ser uma das mais
elevadas da União Europeia (18,6% em julho de 2018).
O desemprego jovem em
Portugal pode ser explicado pela desadequação entre
a formação e as necessidades das empresas, a retoma do emprego em setores que
não valorizam as qualificações mais elevadas (setores que oferecem baixos
salários e precariedade, não tendo em conta a formação e qualificações dos
trabalhadores) e/ou pela reformulação dos estágios apoiados pelo Estado.
Segundo o
Fundo Monetário Internacional (FMI), a redução do desemprego jovem na zona euro
deve-se, sobretudo, ao facto de os jovens simplesmente saírem do mercado de
trabalho.
São várias
as razões que explicam a diminuição da população ativa jovem. Uma delas é o
aumento da idade da reforma, que fez com que houvesse menos jovens a entrar no
mercado de trabalho. Para além disto, houve uma diminuição da emigração para os
países europeus devido à crise económica sentida na zona euro. Por outro lado,
os jovens apostam cada vez mais na sua formação, dado que as empresas procuram
trabalhadores altamente qualificados, o que faz com que estes entrem no mercado
de trabalho muito mais tarde.
No ano
passado, 15,2% dos jovens que viviam em Portugal eram “nem-nem” (expressão que
designa aqueles que deixaram de estudar, mas que também não estão a trabalhar).
Segundo o relatório "Education at a Glance 2018", um em cada sete
jovens adultos não estuda nem trabalha. Portugal encontra-se em 10º lugar numa
lista de 31 países da OCDE.
Em suma, é
necessário tomar medidas para que os jovens permanecem em Portugal de forma a
desenvolver o país, que apostem ainda mais na sua formação e para que consigam
ter estabilidade.
Adriana Sofia Alves Ferreira
Bibliografia:
·
Observador
·
INE
·
RTP Noticias
·
Economia online
·
Público
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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