sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Baixa natalidade/envelhecimento da população em Portugal: como combater?

Dizer que Portugal tem uma baixa taxa de natalidade e um rápido envelhecimento da população já não é novidade, no sentido em que se fala muito sobre este tema nos últimos tempos. Uma abordagem sobre o que fazer para combater esta situação que se agrava cada vez mais em Portugal torna-se necessária.
Uma baixa taxa de natalidade e uma população cada vez mais envelhecida implicam obviamente uma quantidade menor de pessoas a contribuírem com impostos e contribuições para a segurança social, sem esquecer um maior número de pessoas reformadas.
Nos tempos de hoje, existe na nossa sociedade o que podemos chamar de travão para quem deseja ter filhos. Travão este que tem muito a ver com o adiamento do nascimento até que sejam reunidas todas as condições para tal, ou com a estabilidade profissional e até mesmo com a conciliação entre tempos de família e emprego. Este travão é a tal mentalidade que se vive hoje em dia que, embora tenha o seu lado positivo, também acaba influenciando a economia portuguesa. A prova disso são as baixas taxas de natalidade e envelhecimento da população. Então como combater isto?
Em primeiro lugar, é necessário ter emprego estável e isto obviamente não se consegue quando o país tem um desemprego a rondar os 13% e um desemprego jovem a rondar os 30%.
Portugal é um dos países da europa com maior taxa de emigração jovem, situação essa causada pela tal falta de emprego de que falei anteriormente. Trata-se de investimento perdido na medida em que o país investe muito e durante vários anos na educação e formação dos jovens e quando chega a hora destes entrarem na vida ativa e contribuírem para impostos e segurança social isso não acontece devido à falta de emprego. Logo, emigram e a população envelhecida predomina.
É necessário que os filhos saiam de casa dos pais a partir de certa idade, formem família, ganhem responsabilidades e não tenham de sair do país para trabalhar. É necessário fazer com que a economia cresça, dar confiança à população, principalmente aos jovens de que se pode esperar que contribuam para solucionar estes problemas. É necessário criar condições favoráveis para um crescimento económico equilibrado e assim minimizar este problema que se agrava cada vez mais e mais.

Mara Almeida

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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