segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mercado de Trabalho: mudanças e tendências, quais as suas implicações?

O mercado de trabalho associa quem oferece força de trabalho (empregado) a quem está à procura dela (empregador), num sistema de mercado onde se negocia a fim de determinar os preços e as quantidades a transacionar. Como a procura por empregos com elevados salários e com reconhecimento é bastante grande, este mercado torna-se muito competitivo na medida em que uma mesma vaga é oferecida a imensos candidatos.
A globalização e o desenvolvimento mundial vieram alterar por completo o funcionamento do mercado de trabalho, devido às modernas visões das pessoas em relação à vida profissional, às novas invenções e tecnologias, às novas exigências da oferta e da procura e também devido à própria condição económica que o país tem num dado momento.
Estes fatores demonstram que o mercado de trabalho não só se modificou como também segue uma tendência que pode ser atingida de forma rápida ou lenta dependendo das zonas territoriais, afetando um ou vários setores (industriais, comerciais, da saúde, etc). Esta incerteza acerca de como vai reagir o mercado de trabalho a todas estas mudanças faz com que nos dias de hoje não haja a ideia de ter um emprego estável para o resto da vida.
Atualmente, estamos numa era muito avançada em termos tecnológicos, onde as grandes empresas mundiais utilizam grande parte destas novas criações. Tal facto começa a ameaçar os postos de trabalho de quem já esta no meio, uma vez que a mão humana pode ser rapidamente substituída por máquinas e robôs, que automatizam os processos produtivos.
Por outro lado, para quem esta a entrar no mercado de trabalho e pensa ter um emprego fácil de arranjar, pode e deve formar-se e especializar-se na invenção e criação de novas tecnologias, visto que é um ramo cada vez mais procurado e utilizado.
Contudo, nem todos têm capacidades nem possibilidades para adquirir determinadas competências, quer as pessoas já empregadas, quer as que ainda o vão/esperam ser. Por isso, na minha opinião deve haver, por um lado, um apoio por parte das empresas em termos de ensinar o básico das tecnologias aos trabalhadores mais antigos e fornecer cursos para quem ainda está no começo.
Por outro lado, também se pode apostar e desenvolver áreas em que a tecnologia não seja tão fácil de ser implementada e de retirar emprego a pessoas, como é o caso da saúde, das vendas, dos transportes, entre outros.
Assim, uma vez que a mudança no mercado de trabalho é claramente visível, cabe aos dirigentes políticos arranjarem forma de combater o desemprego criado não só pelas dificuldades económicas do país mas também pela entrada maciça de tecnologias. Só instruindo os trabalhadores e formando-os devidamente para o que podem encontrar no mercado de trabalho é que se consegue ter sucesso no emprego e contribuir para a criação de riqueza a nível microeconómico (dentro da empresa) e a nível macroeconómico (aumento do PIB do país).
Por isso, a solução passa por aprender e criar ferramentas básicas de acordo com a situação atual da economia e preparar a mente para as situações futuras que podem ocorrer, a fim de não serem ultrapassados pela era da tecnologia.

Beatriz Esteves Coelho

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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