A indústria da construção de Portugal tal como acontece noutros países tem grande importância no equilíbrio da economia nacional A construção é uma actividade económica com especificidades próprias sendo a sua principal característica a diversidade. O sector da Construção Civil e Obras Públicas é muito diferenciado de outros não só ao nível de produção como ao nível de mercado de trabalho.
Trata-se de um sector que apresenta uma cadeia de valor muito extensa porque recorre a uma ampla rede de inputs, proporciona o aparecimento de externalidades positivas às restantes actividades e gera efeitos multiplicadores significativos a montante e a jusante nas empresas de materiais, de equipamentos de construção e de serviços. A diferenciação deste sector passa por uma grande diversidade de clientes, operações produtivas e tecnologias, de projectos, produtos, e de unidades produtivas.
Assim, a actividade da construção tem um importante impacto sobre o Emprego, ao ponto de se estimar que cada emprego directo criado pelo Sector da Construção gera 3 postos de trabalho no conjunto da economia.
A procura dirigida a este sector depende directamente do grau de desenvolvimento da economia, da conjuntura económica e do montante das despesas públicas, ou seja, mais do que, em qualquer outro sector de actividade, a sua evolução depende do montante e das fases de investimentos noutros sectores e sendo uma actividade pro-cíclica, ou seja, expansões mais marcadas que a economia global em fases positivas do ciclo e recessões mais profundas em períodos negativos, a sua dinâmica é considerada como indicador de uma economia.
Durante as últimas décadas o sector apresentou um forte dinamismo especialmente impulsionado pelos fundos estruturais de desenvolvimento da UE que promoviam grandes obras como auto-estradas, pontes, metro e ferrovias e a própria Expo 98 isto até finais de 2002 ano em que se iniciam quebras persistentes de produção. Não obstante, continua a tratar-se de um sector com forte peso na economia portuguesa, representando, de acordo com dados fornecidos pelo INE 10,8% do emprego.
Face ao decréscimo da actividade registado nos últimos anos e à forte concorrência a que se assiste no mercado interno, as empresas têm apostado no mercado externo ao mesmo tempo que procuram tornar-se mais competitivas não só através do controlo de custos, mas também aumentando a sua capacidade adaptativa.
Relativamente à estagnação do desenvolvimento do sector importa combater as suas condicionantes: a sobrelotação do tecido empresarial e a forte concorrência. Para além destes factores, ressaltam ainda a muita burocracia e fiscalidade, como também a fraca qualificação da mão-de-obra. Uma das mais importantes estratégias, para um desenvolvimento sustentável do sector, seria contratar mão-de-obra mais especializada, ou facilitar a formação dos trabalhadores uma vez que uma parte significativa dos trabalhadores afectos a este sector não tem a escolaridade obrigatória, e também adoptar uma estratégia de downsizing tentando construir uma organização o mais eficiente e capaz possível racionalizando ao máximo os investimentos pois num contexto de crise de financeira e, sobretudo de confiança, só os mais ávidos e racionais conseguem progredir.
Portugal foi em Novembro um dos principais responsáveis pelo recuo na produção da construção civil no âmbito da União Europeia. De acordo com o Eurostat, o país registou um retrocesso de 2,8%. Uma desaceleração significativa, ainda mais quando em Outubro tinha sido o país onde se verificou o maior crescimento 5,1%, bem acima dos 0,3% na UE.
Apesar do cenário negativo, as associações sectoriais portuguesas que acreditam ser possível durante 2009 inverter a situação do sector da construção graças aos investimentos previstos no QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) 2007-2013.
Carlos Cerqueira
Trata-se de um sector que apresenta uma cadeia de valor muito extensa porque recorre a uma ampla rede de inputs, proporciona o aparecimento de externalidades positivas às restantes actividades e gera efeitos multiplicadores significativos a montante e a jusante nas empresas de materiais, de equipamentos de construção e de serviços. A diferenciação deste sector passa por uma grande diversidade de clientes, operações produtivas e tecnologias, de projectos, produtos, e de unidades produtivas.
Assim, a actividade da construção tem um importante impacto sobre o Emprego, ao ponto de se estimar que cada emprego directo criado pelo Sector da Construção gera 3 postos de trabalho no conjunto da economia.
A procura dirigida a este sector depende directamente do grau de desenvolvimento da economia, da conjuntura económica e do montante das despesas públicas, ou seja, mais do que, em qualquer outro sector de actividade, a sua evolução depende do montante e das fases de investimentos noutros sectores e sendo uma actividade pro-cíclica, ou seja, expansões mais marcadas que a economia global em fases positivas do ciclo e recessões mais profundas em períodos negativos, a sua dinâmica é considerada como indicador de uma economia.
Durante as últimas décadas o sector apresentou um forte dinamismo especialmente impulsionado pelos fundos estruturais de desenvolvimento da UE que promoviam grandes obras como auto-estradas, pontes, metro e ferrovias e a própria Expo 98 isto até finais de 2002 ano em que se iniciam quebras persistentes de produção. Não obstante, continua a tratar-se de um sector com forte peso na economia portuguesa, representando, de acordo com dados fornecidos pelo INE 10,8% do emprego.
Face ao decréscimo da actividade registado nos últimos anos e à forte concorrência a que se assiste no mercado interno, as empresas têm apostado no mercado externo ao mesmo tempo que procuram tornar-se mais competitivas não só através do controlo de custos, mas também aumentando a sua capacidade adaptativa.
Relativamente à estagnação do desenvolvimento do sector importa combater as suas condicionantes: a sobrelotação do tecido empresarial e a forte concorrência. Para além destes factores, ressaltam ainda a muita burocracia e fiscalidade, como também a fraca qualificação da mão-de-obra. Uma das mais importantes estratégias, para um desenvolvimento sustentável do sector, seria contratar mão-de-obra mais especializada, ou facilitar a formação dos trabalhadores uma vez que uma parte significativa dos trabalhadores afectos a este sector não tem a escolaridade obrigatória, e também adoptar uma estratégia de downsizing tentando construir uma organização o mais eficiente e capaz possível racionalizando ao máximo os investimentos pois num contexto de crise de financeira e, sobretudo de confiança, só os mais ávidos e racionais conseguem progredir.
Portugal foi em Novembro um dos principais responsáveis pelo recuo na produção da construção civil no âmbito da União Europeia. De acordo com o Eurostat, o país registou um retrocesso de 2,8%. Uma desaceleração significativa, ainda mais quando em Outubro tinha sido o país onde se verificou o maior crescimento 5,1%, bem acima dos 0,3% na UE.
Apesar do cenário negativo, as associações sectoriais portuguesas que acreditam ser possível durante 2009 inverter a situação do sector da construção graças aos investimentos previstos no QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) 2007-2013.
Carlos Cerqueira
(artigo de opinião)
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