quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DESAFIOS EUROPEUS NUMA ECONOMIA GLOBAL

No actual contexto de um mundo cada vez mais globalizado, exige-se esforços adicionais de reforço da competitividade. A competitividade global, é hoje uma realidade incontornável e irreversível para os países, para as empresas, e para os cidadãos.
O processo de globalização e a evolução tecnológica em curso colocam à Europa um vasto leque de desafios, sobretudo, perante o cenário em que o EUA e o Japão estão na linha da frente em termos de desenvolvimento tecnológico e científico, e em que a China e a Índia sobressaem como novos gigantes internacionais capazes de produzir e exportar bens e serviços sofisticados com baixos custos de produção. A juntar a esses desafios de rápida globalização e de acelerada mudança tecnológica, a Europa, enfrenta um outro desafio do envelhecimento da sua população. Perante, esta nova ordem económica mundial que tem vindo a despontar, em consequência do processo de globalização e do desenvolvimento de novas tecnologias, nomeadamente as de comunicação e informação, impõem à Europa novos desafios que terá de ultrapassar para atingir os seus objectivos.
Para dar resposta a esses desafios, há que sublinhar o papel fundamental que a inovação, o conhecimento e a tecnologia têm na afirmação da capacidade competitiva \ produtiva dos países e das empresas europeias numa economia global. É crucial estimular a inovação para explorar todo o potencial de produtividade. São necessárias políticas que apoiam a inovação, através de investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) e políticas que ajudem a melhorar o capital humano. Este é o trilho que permite reforçar a capacidade de resposta das empresas aos reptos impostos pela globalização, através da difusão, da adaptação e do uso de novos processos de novas formas de organização, de novos serviços e de novos produtos.
O conhecimento é hoje uma componente fundamental da competitividade, disse o comissário europeu responsável pela Ciência e Investigação, Janez Potočnik. “Para que as nossas empresas estejam no futuro no topo da vanguarda, é necessário que se invista no conhecimento agora. Cabe aos governos adoptarem as medidas adequadas para as ajudar a fazê-lo". Neste quadro actual, o conhecimento tem-se tornado num factor determinante, num “input” essencial para a competitividade da actividade económica, geração de crescimento, desenvolvimento e assume um papel fundamental como motor do crescimento económico na nova economia de aprendizagem
Por último, outro desafio importante que a Europa tem em mãos, é melhorar o nível de educação e qualificação da sua força de trabalho, ou seja, preparar cada vez melhor as gerações futuras para este desafio, reconhecendo e desenvolvendo as habilitações necessárias para que possam ter sucesso neste mundo globalizado. Neste âmbito, a literacia tecnológica é a competência central de que as sociedades actuais não podem prescindir. Por outras palavras, o desafio está em sermos capazes de usar as novas tecnologias para aprender e, não apenas, em aprender a usar as novas tecnologias.
Em suma, para tornar a economia europeia mais competitiva, há que ultrapassar o “atraso” tecnológico, reforçar as competências, reconhecer o papel essencial das actividades de investigação e desenvolvimento, estas são as responsabilidades políticas dos governos com pensamento futuro.

Ricardo Moreira
ricardo_10_moreira@hotmail.com
(artigo de opinião)

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