Estudo da OCDE revê em baixa o crescimento económico das economias mais desenvolvidas, e Portugal não escapa a regra. Aliás, Portugal arrisca-se a ser o país mais lento a recuperar da Zona Euro.
A crise financeira tem abrangido vários sectores da economia, e isto irá afectar o crescimento real das economias dos países desenvolvidos. A Zona Euro irá crescer 1% este ano, irá ter uma recessão económica de 0,6% em 2009 e vai crescer 1,2% em 2010. Por outro lado Portugal irá crescer 0,5% este ano, irá, pela primeira vez na última década, estar acima do crescimento da Zona Euro em 2009, com uma recessão de “apenas” 0,2%, mas, em contrapartida, irá crescer somente 0,6% em 2010. Aliás, a partir de 2010, Portugal irá regressar a normalidade, que tem sido sempre crescer menos que a Zona Euro. Ou seja, a recuperação de Portugal no contexto da actual crise financeira vai ser lenta e com alguns percalços.
Mas não é só o fraco crescimento económico que tem que preocupar o governo português. É que a OCDE prevê que os índices de desemprego em Portugal vão subir até 2010. Actualmente a taxa de desemprego nacional é de 7,6% e a OCDE prevê que Portugal em 2010 irá ter uma taxa de desemprego de 8,8%. Apesar de tudo este agravamento do desemprego irá ser menor que na Zona Euro, onde actualmente o desemprego é de 7,4% e prevê-se que em 2010 irá ser de 9%.
Além da projecção deste fraco crescimento e do aumento do desemprego prevê-se que em Portugal o défice Orçamental em 2010 seja de 3,1%, o que vai romper com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, que diz que o défice orçamental não pode ser superior a 3%.
Já se viu que esta crise tem abalado a economia Portuguesa de uma forma evidente. As exportações do sector têxtil tem vindo a perder de uma forma catastrófica, tendo já perdido quase 6% até Agosto, o que equivale a uma perda de 170 milhões de Euros. O sector imobiliário tem sentido dificuldades em recuperar da sua recente baixa. Neste sentido é de extrema importância o governo ajudar as empresas, principalmente as PME, pois são aquelas com maior dificuldade em aguentar a crise. Esta é, na minha perspectiva, o caminho certo rumo a uma recuperação nacional após crise financeira firme e rápida.
Esta tem sido uma crise seria, e vai ser complicado sair dela. Nesta perspectiva, no dia 26 de Novembro de 2008 Durão Barroso apresentou em Bruxelas um plano de recuperação económica da economia europeia. A partir deste “pacote” de ideias e suposto a Europa conseguir uma recuperação mais rápida e menos dolorosa da esperada. Vamos ver se o plano resulta. E vamos ver se Portugal vai conseguir contrariar as expectativas e vai ter uma recuperação pelo menos tão rápida como os restantes países da Zona Euro.
Alex Teixeira
italianoboaonda@hotmail.com
(artigo de opinião)
A crise financeira tem abrangido vários sectores da economia, e isto irá afectar o crescimento real das economias dos países desenvolvidos. A Zona Euro irá crescer 1% este ano, irá ter uma recessão económica de 0,6% em 2009 e vai crescer 1,2% em 2010. Por outro lado Portugal irá crescer 0,5% este ano, irá, pela primeira vez na última década, estar acima do crescimento da Zona Euro em 2009, com uma recessão de “apenas” 0,2%, mas, em contrapartida, irá crescer somente 0,6% em 2010. Aliás, a partir de 2010, Portugal irá regressar a normalidade, que tem sido sempre crescer menos que a Zona Euro. Ou seja, a recuperação de Portugal no contexto da actual crise financeira vai ser lenta e com alguns percalços.
Mas não é só o fraco crescimento económico que tem que preocupar o governo português. É que a OCDE prevê que os índices de desemprego em Portugal vão subir até 2010. Actualmente a taxa de desemprego nacional é de 7,6% e a OCDE prevê que Portugal em 2010 irá ter uma taxa de desemprego de 8,8%. Apesar de tudo este agravamento do desemprego irá ser menor que na Zona Euro, onde actualmente o desemprego é de 7,4% e prevê-se que em 2010 irá ser de 9%.
Além da projecção deste fraco crescimento e do aumento do desemprego prevê-se que em Portugal o défice Orçamental em 2010 seja de 3,1%, o que vai romper com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, que diz que o défice orçamental não pode ser superior a 3%.
Já se viu que esta crise tem abalado a economia Portuguesa de uma forma evidente. As exportações do sector têxtil tem vindo a perder de uma forma catastrófica, tendo já perdido quase 6% até Agosto, o que equivale a uma perda de 170 milhões de Euros. O sector imobiliário tem sentido dificuldades em recuperar da sua recente baixa. Neste sentido é de extrema importância o governo ajudar as empresas, principalmente as PME, pois são aquelas com maior dificuldade em aguentar a crise. Esta é, na minha perspectiva, o caminho certo rumo a uma recuperação nacional após crise financeira firme e rápida.
Esta tem sido uma crise seria, e vai ser complicado sair dela. Nesta perspectiva, no dia 26 de Novembro de 2008 Durão Barroso apresentou em Bruxelas um plano de recuperação económica da economia europeia. A partir deste “pacote” de ideias e suposto a Europa conseguir uma recuperação mais rápida e menos dolorosa da esperada. Vamos ver se o plano resulta. E vamos ver se Portugal vai conseguir contrariar as expectativas e vai ter uma recuperação pelo menos tão rápida como os restantes países da Zona Euro.
Alex Teixeira
italianoboaonda@hotmail.com
(artigo de opinião)
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