As estatísticas falam por si: apenas 16% dos americanos consideram que o país está bem. Mais de 10 milhão de americanos estão desempregados (e parece que não vai parar por aí), e a dívida pública atingiu, em Setembro, a linha dos 10 biliões de dólares. Aliás, Obama já sabia da situação económica do país, e mostrou a sua preocupação no discurso de vitória após as votações: “Milhões de famílias lutam para pagar as contas e não perder as suas casas. Essas histórias lembram-nos que este é o desafio económico mais importante das nossas vidas e que é urgente actuarmos”. Obama sabe também que quando tomar posse, dentro de algumas semanas, os EUA serão um país à beira da recessão (se não estiverem já nela) e a passar por uma crise financeira terrível.
Grande parte das pessoas votou em Obama, mas ao mesmo tempo, no seu pensamento, votaram na mudança, votaram num salvador. Mas será ele capaz de ser esse salvador por que todos esperam? Para já, prometeu um plano de curto-prazo, para ajudar a classe média. Prometeu implementar um plano que irá aumentar os impostos para quem ganha mais e baixar para os restantes contribuintes, e alargar o subsídio de desemprego.
Paul Krugman, professor de Princeton e Nobel da Economia em 2008, elogiou a ambição do Presidente eleito: ”Sem duvida que a luta contra a crise custará muito dinheiro. Salvar o sistema financeiro exigirá grandes montantes, para além do que já se gastou. E precisamos, com urgência, de um aumento do investimento público para fomentar a criação de emprego. É possível que o défice federal aumente? Sim, mas os manuais clássicos de economia dizem-nos que é correcto incorrer em défices temporários face a uma economia deprimida”. E apesar de ser Krugman a dize-lo, temos que concordar que só com o tempo poderemos constatar a veracidade desta afirmação.
Mas apesar da esperança, os americanos não se podem esquecer que apesar de Obama ter prometido mudanças (e é verdade que algumas já aconteceram – basta pensar no facto de ter sido eleito um candidato negro), e ser visto como um herói que vai salvar os EUA, não deve ser bem assim! Não será fácil retirar as tropas do Iraque, nem fechar Guantanamo (embora estes sejam casos à parte). Caberá aos americanos, e não apenas a Obama e às suas políticas, ajudar os EUA a “sair da lama”.
João Viana
skateman161616@hotmail.com
(artigo de opinião)
Grande parte das pessoas votou em Obama, mas ao mesmo tempo, no seu pensamento, votaram na mudança, votaram num salvador. Mas será ele capaz de ser esse salvador por que todos esperam? Para já, prometeu um plano de curto-prazo, para ajudar a classe média. Prometeu implementar um plano que irá aumentar os impostos para quem ganha mais e baixar para os restantes contribuintes, e alargar o subsídio de desemprego.
Paul Krugman, professor de Princeton e Nobel da Economia em 2008, elogiou a ambição do Presidente eleito: ”Sem duvida que a luta contra a crise custará muito dinheiro. Salvar o sistema financeiro exigirá grandes montantes, para além do que já se gastou. E precisamos, com urgência, de um aumento do investimento público para fomentar a criação de emprego. É possível que o défice federal aumente? Sim, mas os manuais clássicos de economia dizem-nos que é correcto incorrer em défices temporários face a uma economia deprimida”. E apesar de ser Krugman a dize-lo, temos que concordar que só com o tempo poderemos constatar a veracidade desta afirmação.
Mas apesar da esperança, os americanos não se podem esquecer que apesar de Obama ter prometido mudanças (e é verdade que algumas já aconteceram – basta pensar no facto de ter sido eleito um candidato negro), e ser visto como um herói que vai salvar os EUA, não deve ser bem assim! Não será fácil retirar as tropas do Iraque, nem fechar Guantanamo (embora estes sejam casos à parte). Caberá aos americanos, e não apenas a Obama e às suas políticas, ajudar os EUA a “sair da lama”.
João Viana
skateman161616@hotmail.com
(artigo de opinião)
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