terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A crise não é para todos…

A evolução económica sentida nos últimos tempos, aponta para levar algumas economias à recessão, tendo já mergulhado alguns países nesse estado.
Contudo, desde há alguns anos que o mundo económico vê crescer um grupo de potenciais, e cada vez mais certezas, novas forças económicas. Este conjunto de países emergentes é conhecido pela sigla “BRIC”, composto pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Considera-se que este grupo poderá se tornar a maior força na economia mundial até 2050, tendo em conta os estudos realizados pelo grupo Goldman Sachs, ultrapassando inclusive o G6 (Alemanha, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido).
Este grupo não se trata de um bloco político (como a União Europeia), mas sim um conjunto de países – cada um de acordo com as suas potencialidades – no qual a sua economia cresce num ritmo elevado e constante, que formam uma aliança de comércio e cooperação através dos tratados assinados em 2002.
Apesar de ainda não serem as maiores economias mundiais, já exercem grande influência no percurso normal da economia mundial, na medida em que Brasil e Índia (líderes dos países em desenvolvimento) se juntaram aos países subdesenvolvidos, impedindo a retirada de subsídios governamentais por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, bem como preconizaram a redução nas tarifas de importação e comércio.
Um outro exemplo de contra corrente no rio da crise é a Roménia, que no terceiro trimestre deste ano apresentou um crescimento de 9,1%, superando a expectativa de todos os economistas e analistas, tornando-se a economia mais dinâmica entre os 27 países que integram a União Europeia, ultrapassando mesmo os números apresentados pela China e pela Índia.
Em conformidade com os dados divulgados pelo governo romeno, esta promoção do PIB é sustentada particularmente no aumento do investimento e da produção no sector agrícola.
Esta realidade contradiz o mundo real da restante zona Euro, que entrou mesmo em recessão no último trimestre, que no entanto, segundo os analistas, pode sofrer um abrandamento, já que a Roménia exporta o essencial para os parceiros europeus.

Bruno Sousa
bsousa11@gmail.com
(artigo de opinião)

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