No decorrer desta semana, o Primeiro-Ministro José Sócrates anunciou que em 2009 os portugueses podem esperar melhores condições de vida. Para isso, José Sócrates conta com a ajuda de três instrumentos que não consegue controlar.
O primeiro instrumento refere-se aos recentes cortes que o Banco Cetral Europeu realizou nas taxas de juro de referência. Nos últimos dois meses, a administração do BCE desceu 175 pontos base na taxa de juro, causando a descida da Euribor para valores de Novembro de 2006, encontrando-se esta em queda consecutiva desde 10 de Outubro. Deste modo, com a descida dos encargos relacionados com os créditos obtidos, que são uma grande parte da despesa das famílias portuguesas, o Primeiro-Ministro aposta na melhoria do rendimento disponível.
Para ajudar a esta melhoria José Socrates encontra a descida da taxa de inflação de 2,8% em 2008 para 1,3% em 2009 prevista pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, provocada pela crise económica.
Por fim, o Primeiro-Ministro indica a baixa de preços dos combustíveis como mais um factor para ajudar os portugueses no ano de 2009.
Devemos acreditar nesta ilusão política criada por José Sócrates? Será que por sermos um dos países da "cauda" da União Europeia e Zona-Euro em praticamente todos os indicadores económicos, vamos conseguir sobreviver à crise, enquanto a nível internacional todos se preparam pa enfrentar um ano difícil?
Resta saber onde irá parar o desemprego e a competitividade das empresas portuguesas, dado que está previsto para o próximo ano um crescimento económico de -1% a 0% pelo BCE.
Rui Ferraz
erreferraz@gmail.com
O primeiro instrumento refere-se aos recentes cortes que o Banco Cetral Europeu realizou nas taxas de juro de referência. Nos últimos dois meses, a administração do BCE desceu 175 pontos base na taxa de juro, causando a descida da Euribor para valores de Novembro de 2006, encontrando-se esta em queda consecutiva desde 10 de Outubro. Deste modo, com a descida dos encargos relacionados com os créditos obtidos, que são uma grande parte da despesa das famílias portuguesas, o Primeiro-Ministro aposta na melhoria do rendimento disponível.
Para ajudar a esta melhoria José Socrates encontra a descida da taxa de inflação de 2,8% em 2008 para 1,3% em 2009 prevista pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, provocada pela crise económica.
Por fim, o Primeiro-Ministro indica a baixa de preços dos combustíveis como mais um factor para ajudar os portugueses no ano de 2009.
Devemos acreditar nesta ilusão política criada por José Sócrates? Será que por sermos um dos países da "cauda" da União Europeia e Zona-Euro em praticamente todos os indicadores económicos, vamos conseguir sobreviver à crise, enquanto a nível internacional todos se preparam pa enfrentar um ano difícil?
Resta saber onde irá parar o desemprego e a competitividade das empresas portuguesas, dado que está previsto para o próximo ano um crescimento económico de -1% a 0% pelo BCE.
Rui Ferraz
erreferraz@gmail.com
(artigo de opinião)
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